31.10.2013 Views

Comentário de Salmos - Vol. 1

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

196 • <strong>Comentário</strong> dos <strong>Salmos</strong><br />

7. Sua boca está cheia <strong>de</strong> maldição. O escopo <strong>de</strong>sses quatro versículos<br />

é o seguinte: Se Deus preten<strong>de</strong> socorrer seus servos, então o<br />

tempo oportuno <strong>de</strong> fazê-lo é agora, já que a iniqüida<strong>de</strong> dos ímpios já<br />

jorrou o máximo possível. Em primeiro lugar, Davi se queixa <strong>de</strong> que<br />

a língua <strong>de</strong>les está saturada <strong>de</strong> perjúrios e enganos, e que guardam<br />

ou ocultam injúrias e injustiças, tornando-se impossível ter algum entendimento<br />

com eles, em qualquer assunto, sem perdas e danos. A<br />

palavra hla (alah), que alguns traduzem por maldição, significa não<br />

execrações que porventura lancem contra outrem, e, sim, as que eles<br />

invocam contra suas próprias cabeças; pois não têm qualquer escrúpulo<br />

<strong>de</strong> pronunciar as mais terríveis imprecações contra si mesmos,<br />

para que com isso sejam mais bem sucedidos em enganar outrem. Portanto,<br />

ela não é impropriamente traduzida por alguns como perjúrio,<br />

porque essa palavra <strong>de</strong>ve juntar-se a outras duas: engano e malícia. E<br />

assim os perversos são <strong>de</strong>scritos como que amaldiçoando ou jurando<br />

falsamente, contanto que isso contribua para promover seus propósitos<br />

<strong>de</strong> enganar e lançar injúrias. Daqui se seguem injúria e injustiça,<br />

visto ser impossível que o simplório, sem sofrer dano, escape <strong>de</strong> suas<br />

armadilhas, as quais são entretecidas <strong>de</strong> frau<strong>de</strong>s, perjúrios e malícia.<br />

8. Põe-se <strong>de</strong> emboscada nas al<strong>de</strong>ias. 31 Tenho propositadamente<br />

evitado mudar os verbos do futuro para outro tempo, visto que subenten<strong>de</strong>m<br />

um ato contínuo, e também porque o idioma hebraico tem se<br />

estendido ainda a outras línguas. Davi, pois, <strong>de</strong>screve o que os ímpios<br />

costumam fazer. E, em primeiro lugar, ele os compara a ladrões <strong>de</strong><br />

estrada, que se põem <strong>de</strong> espreita nos pontos estreitos das estradas,<br />

e escolhem para si pontos ocultos don<strong>de</strong> possam cair sobre os tranem<br />

2 Sm 21.16, temos nova, por uma nova espada; e no Sl 73.10, cheio, por um copo cheio; e<br />

em Mt 10.42, fria, por água fria. – Poole’s Annotations.<br />

31 Horsley traduz assim o versículo 8: “Assenta-se <strong>de</strong> tocaia nos vilarejos, em lugares secretos;<br />

Assassina o inocente; seus olhos estão sempre <strong>de</strong> espreita no <strong>de</strong>samparado.” E ele formula a<br />

seguinte nota: “Símaco e São Jerônimo naturalmente lêem a frase assim: ~yrcxb bram bXy, e ambos<br />

traduzem bram como um particípio. ‘Põe-se <strong>de</strong> espreita perto das fazendas.’ É esta que eu consi<strong>de</strong>ro<br />

ser a redação e a tradução genuínas. A imagem é a <strong>de</strong> um animal <strong>de</strong> rapina da menor espécie,<br />

uma raposa ou um lobo, pondo-se <strong>de</strong> espreita perto do curral, à noite.” Ou, “põe-se <strong>de</strong> espreita<br />

perto do curral.”

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!