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Comentário de Salmos - Vol. 1

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

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<strong>Salmos</strong> 2 • 61<br />

nome, para que diante <strong>de</strong>le se dobre todo joelho [Fp 2.9]. Davi, como<br />

sabemos, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> ter alcançado marcantes vitórias, reinou sobre<br />

uma vasta extensão territorial, <strong>de</strong> modo que muitas nações se lhe tornaram<br />

tributárias; mas o que aqui se acha expresso não se cumpriu<br />

nele. Se compararmos seu reino com outras monarquias, veremos que<br />

ele esteve confinado <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> limites muito tacanhos. Portanto, a menos<br />

que nossa suposição seja que esta profecia concernente à vasta<br />

extensão do reino tivesse sido pronunciada em vão e falsamente, <strong>de</strong>vemos<br />

aplicá-la a Cristo, o único que subjugou a si o mundo inteiro e<br />

mantém todas as terras e nações sob seu domínio. Conseqüentemente,<br />

aqui, como se dá em muitos outros lugares, a vocação dos gentios<br />

é preanunciada, para evitar que todos imaginassem que o Re<strong>de</strong>ntor<br />

que estava sendo enviado da parte <strong>de</strong> Deus era rei <strong>de</strong> uma só nação.<br />

E se agora vemos seu reino dividido, diminuído e sucumbido, tal coisa<br />

proce<strong>de</strong> da perversida<strong>de</strong> dos homens, os quais se fazem indignos<br />

<strong>de</strong> estar sob um reinado tão feliz e tão <strong>de</strong>sejável. Ainda, porém, que<br />

a ingratidão dos homens retar<strong>de</strong> a prosperida<strong>de</strong> do reino <strong>de</strong> Cristo,<br />

tal fato não anula o efeito <strong>de</strong>sta predição, porquanto Cristo recolhe<br />

os remanescentes <strong>de</strong> seu povo <strong>de</strong> todos os quadrantes, e em meio a<br />

essa ignóbil <strong>de</strong>solação os mantém unidos pelo sagrado vínculo da fé,<br />

<strong>de</strong> modo que não escape um canto sequer, senão que todo o mundo<br />

esteja sujeito à sua autorida<strong>de</strong>. Além disso, quanto mais insolentemente<br />

os ímpios ajam, e quanto mais rejeitem sua soberania, não po<strong>de</strong>m,<br />

por sua rebelião, <strong>de</strong>struir sua autorida<strong>de</strong> e po<strong>de</strong>r. A este tema também<br />

pertence o que se segue:<br />

[v. 9]<br />

Com vara <strong>de</strong> ferro as quebrarás e as farás em pedaços como um vaso <strong>de</strong><br />

oleiro.<br />

Isso é expressamente <strong>de</strong>clarado com o fim <strong>de</strong> ensinar-nos que<br />

Cristo é munido com po<strong>de</strong>r pelo qual possa reinar mesmo sobre aqueles<br />

que se opõem à sua autorida<strong>de</strong> e recusam obe<strong>de</strong>cê-lo. A linguagem<br />

<strong>de</strong> Davi implica que nem todos recebem voluntariamente seu jugo,

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