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Comentário de Salmos - Vol. 1

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

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280 • <strong>Comentário</strong> dos <strong>Salmos</strong><br />

que não tinha outra forma <strong>de</strong> expressar com mais veemência o supremo<br />

horror e aversão com que os fiéis <strong>de</strong>vem consi <strong>de</strong>rar os falsos <strong>de</strong>uses.<br />

Isso também se <strong>de</strong>monstra pela forma <strong>de</strong> expressão que ele emprega,<br />

usando simplesmente o relativo, seus nomes, embora não tenha <strong>de</strong>clarado<br />

expressamente antes que está falando <strong>de</strong> ídolos. E assim, mediante<br />

seu exemplo, ele or<strong>de</strong>na que os crentes sejam não só precavidos em relação<br />

às opiniões erradas e perversas, mas também a abster-se <strong>de</strong> toda<br />

e qualquer aparência <strong>de</strong> dar-lhes seu consentimento. Evi<strong>de</strong>ntemente ele<br />

fala <strong>de</strong> cerimônias externas, as quais indicam ou a verda<strong>de</strong>ira religião ou<br />

alguma superstição ímpia. Se, pois, é ilícito para os fiéis <strong>de</strong>monstrarem<br />

algum sinal <strong>de</strong> consentimento ou aquiescência em relação às superstições<br />

dos idó latras, os Nico<strong>de</strong>mos (aqueles que falsamente se <strong>de</strong>nominam<br />

com esse nome 17 ) não <strong>de</strong>vem buscar refúgio sob frívolos pretextos <strong>de</strong><br />

que não têm renunciado a fé, mas que a conservam escondida em seus<br />

corações, quando eles a<strong>de</strong>rem à observância das superstições profanas<br />

dos papistas. Alguns enten<strong>de</strong>m as palavras estranhos e seus nomes como<br />

que <strong>de</strong>notando os adoradores <strong>de</strong> falsos <strong>de</strong>uses. Em meu juízo, porém,<br />

Davi, ao contrário, tem em mente os falsos <strong>de</strong>uses mesmos. Eis o escopo<br />

<strong>de</strong> seu discurso: a terra transborda <strong>de</strong> um imenso acúmulo <strong>de</strong> superstições<br />

18 com todas as varieda<strong>de</strong>s possíveis, e os idólatras ornamentam seus<br />

ídolos com gran<strong>de</strong> profusão, além <strong>de</strong> todos os limites. Mas os bons e os<br />

santos sempre haverão <strong>de</strong> consi <strong>de</strong>rar suas invenções supersticiosas com<br />

profunda aversão.<br />

[vv. 5, 6]<br />

Jehovah é a porção <strong>de</strong> minha herança e <strong>de</strong> meu cálice; tu sustentas minha<br />

sorte. As linhas me caíram em lugares amenos; sim, eu te nho uma linda<br />

herança.<br />

5. Jehovah é a porção <strong>de</strong> minha herança. Aqui o salmista explica<br />

seus sentimentos com mais clareza. Ele apresenta a razão por que<br />

17 “Qui se nomment ainsi à tort.” – v.f.<br />

18 “Quoy que la terre soit pleine d’un grand amas d’infinite <strong>de</strong> superstitions.” – v.f.

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