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Comentário de Salmos - Vol. 1

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

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<strong>Salmos</strong> 10 • 207<br />

tamente sua casa, e não <strong>de</strong>ixe seu santo templo exposto à execração<br />

<strong>de</strong> suínos e caninos, como se fosse uma esterqueira.<br />

17. Ó Jehovah, tu tens ouvido os <strong>de</strong>sejos dos necessitados.<br />

Nestas palavras o profeta confirma o que acabo <strong>de</strong> afirmar, ou seja:<br />

quando os hipócritas prevalecem na Igreja, ou exce<strong>de</strong>m os fiéis em<br />

número, <strong>de</strong>vemos, incessantemente, rogar a Deus que os erradique;<br />

porquanto um estado tão confuso e vexatório <strong>de</strong>ve seguramente ser<br />

motivo <strong>de</strong> profunda tristeza para todos os servos <strong>de</strong> Deus. Com essas<br />

palavras, o Espírito Santo também nos assegura que o que Deus <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />

outrora conce<strong>de</strong>u aos pais, em resposta <strong>de</strong> suas orações, nós, nos dias<br />

atuais, também receberemos, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que cultivemos essa profunda solicitu<strong>de</strong><br />

em relação ao livramento da Igreja. A cláusula que se segue: Tu<br />

dirigirás seus corações, é <strong>de</strong> forma variada interpretada pelos expositores.<br />

Há quem entenda que ela significa o mesmo que: Tu farás que<br />

seus <strong>de</strong>sejos se concretizem. Segundo outros, o significado é este: Tu<br />

moldarás e santificarás seus corações, pela graça, para que nada peçam<br />

em oração senão o que é certo e esteja em harmonia com a divina<br />

vonta<strong>de</strong>, como Paulo nos ensina que o Espírito Santo “interce<strong>de</strong> por<br />

nós com gemidos inexprimíveis” [Rm 8.26]. É bem provável que ambas<br />

essas explicações sejam um tanto forçadas. Davi, nesta cláusula, magnifica<br />

a graça divina em sustentar e confortar a seus servos em meio<br />

às suas tribulações e angústias, a fim <strong>de</strong> que não submergissem em<br />

<strong>de</strong>sespero, munindo-os com fortaleza e paciência, inspirando-os com<br />

sólida esperança e incitando-os também à oração. Essa é a significação<br />

do verbo /yk (Kin), que <strong>de</strong>nota não só o dirigir, mas também o estabelecer.<br />

É uma bênção singular a que Deus nos confere quando, em meio<br />

às tentações, ele nutre nossos corações, não os <strong>de</strong>ixando retroce<strong>de</strong>r<br />

<strong>de</strong>le, nem buscando em outra fonte algum outro apoio e livramento. O<br />

significado da cláusula que imediatamente se segue – e teus ouvidos o<br />

ouvirão – consiste em que não é <strong>de</strong>bal<strong>de</strong> que Deus dirija os corações<br />

<strong>de</strong> seu povo e o guie em obediência aos seus mandamentos, para que<br />

seu povo olhe para ele e o invoque cheio <strong>de</strong> esperança e paciência –<br />

não é vão porque seus ouvidos jamais se fecharão ante os gemidos <strong>de</strong>

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