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Comentário de Salmos - Vol. 1

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

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<strong>Salmos</strong> 2 • 55<br />

jugo, nas pessoas <strong>de</strong> seus adversários, ele indiretamente con<strong>de</strong>na seu<br />

orgulho. Pois os representa falando <strong>de</strong>sprezivelmente do governo <strong>de</strong><br />

Davi, como se submeter-se a ele fosse uma escravidão e humilhante<br />

sujeição, assim como vemos suce<strong>de</strong>r a todos os inimigos <strong>de</strong> Cristo<br />

que, quando se vêem compelidos a se sujeitarem à sua autorida<strong>de</strong>, o<br />

reputam não menos <strong>de</strong>gradante do que se a máxima <strong>de</strong>sgraça abatesse<br />

sobre eles.<br />

[vv. 4-6]<br />

Aquele que habita o céu se rirá <strong>de</strong>les; o Senhor 3<br />

os tratará com <strong>de</strong>sdém.<br />

Então lhes falará em sua ira, e os fustigará em seu furioso <strong>de</strong>sprazer. Tenho<br />

ungido o meu Rei sobre o meu santo monte Sião.<br />

Depois <strong>de</strong> nos informar sobre os tumultos e sublevações, as conferências<br />

e orgulho, as preparações e expedientes, o po<strong>de</strong>rio e empenhos<br />

<strong>de</strong> seus inimigos, em oposição a todos eles Davi coloca só o po<strong>de</strong>r<br />

<strong>de</strong> Deus, o qual, conclui ele, eclodiria contra eles em sua tentativa <strong>de</strong><br />

frustrar o <strong>de</strong>creto divino. E, como fez um pouco antes, ao <strong>de</strong>nominálos<br />

reis da terra, ele expressa sua débil e perecível condição; por isso<br />

agora, pelo imponente título: Aquele que habita o céu, ele enaltece o<br />

po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> Deus, como se dissesse que seu po<strong>de</strong>r permanece intacto<br />

e inalterado, sempre que os homens se investem contra ele. Que se<br />

exaltem o quanto pu<strong>de</strong>rem, jamais alcançarão o céu; sim, enquanto<br />

imaginam po<strong>de</strong>r confundir céu e terra, se assemelham a uma multidão<br />

<strong>de</strong> gafanhotos, e o Senhor, entrementes, imperturbável contempla<br />

do alto suas enfatuadas evoluções. E Davi, em dois lances, <strong>de</strong>screve a<br />

Deus rindo: primeiramente, ele nos ensina que Deus não necessita <strong>de</strong><br />

gran<strong>de</strong>s exércitos a fim <strong>de</strong> reprimir a rebelião dos ímpios, como se isso<br />

fosse uma empresa por <strong>de</strong>mais árdua e difícil; ao contrário, ele po<strong>de</strong><br />

3 O termo em nossas Bíblias Hebraicas é Elohai; num consi<strong>de</strong>rável número <strong>de</strong> manuscritos,<br />

porém, é Jehovah. Os ju<strong>de</strong>us dos últimos séculos cultivaram uma tremenda superstição em<br />

torno da pronúncia do vocábulo Jehovah, e freqüentemente inseriam Adonai e Elohim em vez<br />

<strong>de</strong> Jehovah, em seus manuscritos das Escrituras. Os manuscritos mais antigos, porém, trazem<br />

freqüentemente Jehovah, on<strong>de</strong> os mais mo<strong>de</strong>rnos têm Adonai e Elohim. O MSS. sessenta da coleção<br />

do Dr. Kennicott e o vinte e cinco <strong>de</strong> De Rossi rezam Jehovah, aqui. Street, ii.4.

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