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Comentário de Salmos - Vol. 1

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

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<strong>Salmos</strong> 27 • 537<br />

sempre em seu trono [Sl 132.11,12]. Portanto, ele foi legitimamente<br />

persuadido <strong>de</strong> que não morreria até que esta promessa se cumprisse.<br />

Para que ninguém, pois, através <strong>de</strong> uma equivocada imitação <strong>de</strong> seu<br />

exemplo, não traspasse as fronteiras da fé, é necessário enten<strong>de</strong>r o<br />

que peculiarmente lhe pertencia, e a nós não pertence. Entretanto, em<br />

geral todos nós <strong>de</strong>vemos esperar que, mesmo que Deus não nos opere<br />

abertamente algum livramento, ou não nos revele seu favor <strong>de</strong> uma<br />

maneira visível, não obstante nos será sempre misericordioso, ainda<br />

na presente vida.<br />

14. Espera em Jehovah. É lícito questionar Davi, havendo nos<br />

versículos prece<strong>de</strong>ntes falado <strong>de</strong> si mesmo, aqui dirige seu discurso a<br />

outros e os exorta por meio <strong>de</strong> seu próprio exemplo à paciência fortalecedora<br />

e perseverante, como faz na conclusão do Salmo 31.19, on<strong>de</strong>,<br />

<strong>de</strong>pois <strong>de</strong> falar particularmente acerca <strong>de</strong> si mesmo, se dirige a todos<br />

os santos. Mas, visto que ele, aqui, fala no singular, e não usa qualquer<br />

sinal <strong>de</strong> que dirige seu discurso a outros, em minha opinião é provável<br />

que o aplique a si mesmo com o fim <strong>de</strong> encorajar ainda mais sua<br />

confiança em Deus, para que em ocasião alguma seu coração viesse a<br />

se <strong>de</strong>sfalecer. 14 Uma vez que era cônscio <strong>de</strong> sua <strong>de</strong>bilida<strong>de</strong>, e sabia que<br />

sua fé era o gran<strong>de</strong> meio <strong>de</strong> preservá-lo em segurança, ele oportunamente<br />

se fortalece para o futuro. Sob o verbo esperar, igualmente, ele<br />

se conscientiza <strong>de</strong> novas provações e põe ante seus olhos a cruz que<br />

<strong>de</strong>veria carregar. Somos, pois, convidados a esperar em Deus quando,<br />

retraindo <strong>de</strong> nós sua graça, ele permite que nos <strong>de</strong>finhemos submersos<br />

em aflições. Davi, pois, havendo enfrentado conflitos, se prepara para<br />

enfrentar outros pela frente. Visto, porém, que nada é mais difícil do<br />

que dar a Deus a honra <strong>de</strong> <strong>de</strong>positarmos nele nossa confiança, quando<br />

ele se oculta <strong>de</strong> nós, ou retarda sua assistência, Davi se anima a recarregar<br />

suas energias, como se quisesse dizer: se porventura o medo te<br />

vencer; se porventura a tentação abalar tua fé; se porventura as emoções<br />

carnais fervilharem tuas veias, não te <strong>de</strong>sfaleças; ao contrário,<br />

14 “A ce que sa foy ne soit jamais esbranler.” – v.f. “Para que sua fé jamais se abalasse.”

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