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Comentário de Salmos - Vol. 1

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

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382 • <strong>Comentário</strong> dos <strong>Salmos</strong><br />

estudo da lei. Em segundo lugar, ele mostra com isso que gênero <strong>de</strong><br />

estudantes Deus requer, a saber, aqueles que consi<strong>de</strong>ram a si pró prios<br />

como estultos [1 Co 3.18] e que <strong>de</strong>scem à categoria <strong>de</strong> criancinhas,<br />

para que a indolência <strong>de</strong> seu próprio entendimento não os impeça <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>dicar-se, com um espírito <strong>de</strong> total docilida<strong>de</strong>, ao estudo da palavra<br />

<strong>de</strong> Deus.<br />

8. Os estatutos <strong>de</strong> Jehovah são retos. À primeira vista po<strong>de</strong> parecer<br />

que o salmista está a pronunciar um sentimento me ramente trivial,<br />

ao chamar os estatutos do Senhor <strong>de</strong> retos. Se, contudo, consi<strong>de</strong>rarmos<br />

mais atentamente o contraste que, sem dúvida, ele faz entre a<br />

retidão da lei e as formas fraudulentas com que os homens se enleiam<br />

quando seguem seu próprio entendimento, seremos convencidos <strong>de</strong><br />

que esta recomendação implica muito mais do que à primeira vista<br />

po<strong>de</strong> parecer. Sabemos o quanto cada um é <strong>de</strong>votado a si próprio e<br />

quão difícil é erradicar <strong>de</strong> nossa mente a vã confiança em nossa própria<br />

sabedoria. Portanto, é <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> importância estar bem convicto<br />

<strong>de</strong>sta verda<strong>de</strong> <strong>de</strong> que a vida <strong>de</strong> um homem não po<strong>de</strong> ser corretamente<br />

or<strong>de</strong>nada a menos que ela seja moldada segundo a lei <strong>de</strong> Deus, e que<br />

sem isso ele não po<strong>de</strong> fazer outra coisa senão vaguear por labirintos e<br />

por trilhos tortuosos.<br />

Davi acrescenta, em segundo lugar, que os estatutos <strong>de</strong> Deus<br />

alegram o coração. Isso implica que não há outra alegria que seja verda<strong>de</strong>ira<br />

e sólida senão aquela que proce<strong>de</strong> <strong>de</strong> uma boa consciência; e<br />

<strong>de</strong>sta nos tornamos partícipes quando somos profundamente persuadidos<br />

<strong>de</strong> que nossa vida é agradá vel e aceitável a Deus. Sem dúvida, a<br />

fonte da qual a genuína paz <strong>de</strong> consciência flui é aquela fé que graciosamente<br />

nos re concilia com Deus. Mas, para os santos que servem a<br />

Deus com verda<strong>de</strong>iro afeto <strong>de</strong> coração, aí nasce também uma inaudita<br />

alegria, à luz do conhecimento <strong>de</strong> que não laboram em vão em seu<br />

serviço, ou sem a esperança <strong>de</strong> recompensa, visto que têm a Deus<br />

como o juiz e aprovador <strong>de</strong> sua vida. Em suma, esta alegria é posta em<br />

oposição a todas as fascinações e pra zeres do mundo, os quais são<br />

um engodo letal, atraindo as <strong>de</strong>sditosas almas à sua perdição eterna.

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