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Comentário de Salmos - Vol. 1

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

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<strong>Salmos</strong> 18 • 361<br />

na posse do reino. Ele sabia quão difícil seria manter sob disciplina e<br />

sujeição os que não estão habituados ao jugo; e, conseqüentemente,<br />

nenhuma ocorrência é mais freqüente do que reinos que foram recentemente<br />

adquiridos por conquista serem abalados por novas agitações.<br />

Davi, porém, no cântico <strong>de</strong> Samuel, <strong>de</strong>clara que Deus, havendo-o elevado<br />

a um grau tal <strong>de</strong> po<strong>de</strong>r ao ponto <strong>de</strong> fazê-lo cabeça das nações, o<br />

manteria na posse da soberania que lhe aprouvera conferir-lhe.<br />

Um povo que não conhecia me servirá. A totalida<strong>de</strong> <strong>de</strong>sta passagem<br />

fortemente confirma o que tenho justamente referido neste<br />

ponto, ou seja, que as afirmações aqui feitas não <strong>de</strong>vem restringir-se à<br />

pessoa <strong>de</strong> Davi, senão que contém uma profecia relativa ao futuro reino<br />

<strong>de</strong> Cristo. Davi, é verda<strong>de</strong>, podia com razão gloriar-se <strong>de</strong> que essas<br />

nações, com cujos métodos e disposições ele tinha uma familiarida<strong>de</strong><br />

muito superficial, lhe estavam sujeitas; mas, é não obstante correto<br />

que nenhuma das nações que ele havia conquistado era-lhe totalmente<br />

<strong>de</strong>sconhecida, tampouco era-lhe tão afastada que lhe tornasse difícil<br />

adquirir algum conhecimento <strong>de</strong>la. A conquista <strong>de</strong> Davi, portanto, e<br />

a sujeição dos povos a ele, eram apenas uma obscura figura na qual<br />

Deus nos exibia alguma tênue re presentação do ilimitado domínio <strong>de</strong><br />

seu próprio Filho, cujo reino se esten<strong>de</strong> “<strong>de</strong>s<strong>de</strong> o nascente do sol até<br />

ao poente, é gran<strong>de</strong> entre as nações o meu nome” [Ml 1.11], e perva<strong>de</strong><br />

o mundo inteiro.<br />

44. À simples fama <strong>de</strong> meu nome me obe<strong>de</strong>cerão. Isso contém<br />

a mesma essência da última cláusula do versículo anterior. Embora<br />

Davi, por meio <strong>de</strong> suas vitórias, houvera adquirido tal reputação e renome,<br />

que muitos <strong>de</strong>puseram suas armas e vieram voluntariamente<br />

ren<strong>de</strong>r-se-lhe; todavia, como também haviam sido subjugados pelo<br />

pavor do po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> seu exército, que haviam assistido seus vizinhos<br />

experimentarem sua ferocida<strong>de</strong>, não se po<strong>de</strong> dizer, propriamente,<br />

que à simples fama do nome <strong>de</strong> Davi viriam sujeitar-se-lhe. Isso aplica-se<br />

mais legitimamente à pessoa <strong>de</strong> Cristo que, por meio <strong>de</strong> sua<br />

palavra, submete a si o mundo, e, ao simples ouvir <strong>de</strong> seu nome,<br />

faz obedientes a si àqueles que antes haviam se rebelado contra

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