31.10.2013 Views

Comentário de Salmos - Vol. 1

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

368 • <strong>Comentário</strong> dos <strong>Salmos</strong><br />

mão do céu para pô-lo e estabelecê-lo no trono real. Essa eleição, diz<br />

ele, foi confirmada por uma série contínua <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s livramentos; e<br />

<strong>de</strong>sse fato segue-se que todo aquele que toma alguma iniciativa, sem<br />

ter sido chamado por Deus, é culpado <strong>de</strong> <strong>de</strong>claradamente fazer guerra<br />

contra ele. Ao mesmo tempo, ele atribui esses livramentos à benevolência<br />

divina, como sua causa, com o fim <strong>de</strong> ensinar-nos que esse reino<br />

foi fundado pura e simplesmente sobre o beneplácito divino. Além do<br />

mais, à luz da frase final do Salmo parece, como eu disse antes, que<br />

Davi, aqui, não relata tanto por via da história os exemplos singulares<br />

e variados da graça <strong>de</strong> Deus que pessoalmente experimentara, quando<br />

prediz a eterna duração <strong>de</strong> seu reino. E <strong>de</strong>ve observar-se que, pela palavra<br />

posterida<strong>de</strong> não <strong>de</strong>vemos enten <strong>de</strong>r todos os seus <strong>de</strong>scen<strong>de</strong>ntes,<br />

indiscriminadamente; senão que temos <strong>de</strong> consi<strong>de</strong>rá-la particularmente<br />

como uma refe rência àquele sucessor <strong>de</strong> Davi <strong>de</strong> quem Deus fala em<br />

2 Sa muel 7.12, prometendo que ele seria um pai para ele. Como fora<br />

predito que seu reino continuaria enquanto o sol e a lua brilhassem no<br />

céu, a profecia necessariamente <strong>de</strong>ve ser vista como a apontar para<br />

Aquele que seria Rei, não por algum tempo, mas para sempre.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!