31.10.2013 Views

Comentário de Salmos - Vol. 1

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

562 • <strong>Comentário</strong> dos <strong>Salmos</strong><br />

tanto, se ocorria um recrutamento para a guerra, caso alguém alegasse<br />

que ainda não havia <strong>de</strong>dicado sua casa, 2 esta era uma causa justa para<br />

dispensa. Além disso, eram ao mesmo tempo admoestados por esta<br />

cerimônia, a saber, alguém só or<strong>de</strong>nava sua casa correta e regularmente<br />

quando ele a regulava <strong>de</strong> tal sorte que fosse um santuário <strong>de</strong> Deus,<br />

e que reinasse nela a genuína pieda<strong>de</strong> e o culto imaculado pertencente<br />

a Deus. Os tipos da lei agora cessaram, mas <strong>de</strong>vemos ainda conservar<br />

a doutrina <strong>de</strong> Paulo, ou seja, que todas as coisas que Deus <strong>de</strong>stina ao<br />

nosso uso são ainda “santificadas pela palavra <strong>de</strong> Deus e pela oração”<br />

[1 Tm 4.4,5].<br />

[vv. 1-3]<br />

Eu te exaltarei, ó Jehovah! porque me soergueste, 3 e não <strong>de</strong>ixaste que meus<br />

inimigos se regozijassem sobre mim. Ó Jehovah, meu Deus! clamei a ti e<br />

me curaste. Ó Jehovah! tu retiraste minha alma da sepultura; tu me tens<br />

vivificado <strong>de</strong>ntre aqueles que <strong>de</strong>scem 4 à cova.<br />

1. Eu te exaltarei, ó Jehovah! Sendo Davi, por assim dizer, reconduzido<br />

da sepultura para respirar ar vivificante, ele promete enaltecer<br />

o Nome <strong>de</strong> Deus. É Deus quem nos ergue com sua própria mão, quando<br />

nos vemos imersos num profundo abismo; e por isso é nosso <strong>de</strong>ver, <strong>de</strong><br />

nossa parte, entoar com nossas línguas os louvores divinos. Ao dizer<br />

que os inimigos não conseguiram regozijar-se contra ele, po<strong>de</strong>mos <strong>de</strong>duzir<br />

que ele fala <strong>de</strong> inimigos tanto domésticos quanto estrangeiros.<br />

Embora pessoas perversas premeditadamente tentassem conquistá-lo<br />

com servil adulação, ao mesmo tempo nutriam ódio secreto contra<br />

ele e estavam sempre prontas a insultá-lo tão logo lhes surgisse uma<br />

oportunida<strong>de</strong>. No segundo versículo, ele conclui que fora preservado<br />

pelo favor divino, alegando em prova disso que, quando se viu ante<br />

2 “Quand l’homme allegoit qu’il n’avoit encores <strong>de</strong>dié sa maison.” – v.f.<br />

3 Ainsworth lê: “Tu me tens içado”, o que ele explica assim: “Içar <strong>de</strong> um poço <strong>de</strong> águas”; “porque”,<br />

diz ele, “esta palavra é usada para ‘tirar das águas’ [Êx 2, águas no sentido <strong>de</strong> distúrbios”.<br />

“yntyld, Tu me tens içado para fora <strong>de</strong> um calabouço.” – Rogers’ Book of Psalms.<br />

4 “D’entre ceux que <strong>de</strong>scen<strong>de</strong>nt.” – v.f.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!