31.10.2013 Views

Comentário de Salmos - Vol. 1

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

<strong>Salmos</strong> 5 • 101<br />

finalmente se assentará em seu tribunal e revelará sua vingança e que<br />

ele é o protetor e <strong>de</strong>fensor <strong>de</strong> seu povo. 9 Ainda po<strong>de</strong>mos inferir <strong>de</strong>sta<br />

passagem a doutrina comum <strong>de</strong> que Deus, embora opere pela instrumentalida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> Satanás e dos ímpios, e faz uso da malícia <strong>de</strong>les para<br />

a execução <strong>de</strong> seus juízos, nem por isso é ele Autor do pecado, nem<br />

tem nele prazer, porquanto o fim que ele propõe é sempre justo; e com<br />

razão con<strong>de</strong>na e pune aos que, por sua misteriosa providência, são<br />

dirigidos por on<strong>de</strong> quer que lhe apraz.<br />

No quarto versículo, há quem tome ur (ra), no gênero masculino,<br />

por um homem perverso; eu, ao contrário, entendo como sendo a<br />

própria perversida<strong>de</strong>. Davi <strong>de</strong>clara simplesmente que não há acordo<br />

entre Deus e a injustiça. Imediatamente a seguir ele prossegue falando<br />

dos próprios homens, dizendo: os insensatos não permanecerão em tua<br />

presença; e esta é uma inferência muito justa, ou seja, que a iniqüida<strong>de</strong><br />

é algo odioso a Deus, e que, portanto, ele executará justo castigo sobre<br />

todos os perversos. Ele os chama <strong>de</strong> insensatos, segundo um uso<br />

freqüência do termo na Escritura, os quais, impelidos por cega paixão,<br />

se precipitam <strong>de</strong> ponta cabeça no pecado. Nada é mais insensato do<br />

que para o ímpio rejeitar o temor <strong>de</strong> Deus e nutrir o <strong>de</strong>sejo <strong>de</strong> fazer<br />

da injúria seu princípio diretor; sim, não há pior loucura do que <strong>de</strong>sprezar<br />

a Deus sem a influência <strong>de</strong> quem os homens pervertem todo o<br />

direito. Davi põe esta verda<strong>de</strong> diante <strong>de</strong> seus olhos para seu próprio<br />

conforto; nós, porém, po<strong>de</strong>mos também extrair <strong>de</strong>la doutrina muito<br />

útil para exercitar-nos no temor <strong>de</strong> Deus; pois o Espírito Santo, ao <strong>de</strong>clarar<br />

Deus como o vingador da perversida<strong>de</strong>, nos põe um freio para<br />

reprimir-nos <strong>de</strong> vivermos em pecado, na vã esperança <strong>de</strong> escaparmos<br />

impunemente.<br />

[v. 7]<br />

E eu, na multidão [ou abundância] <strong>de</strong> tua misericórdia, entrarei em tua<br />

casa e adorarei em teu santo templo, em teu temor.<br />

9 “Comme il est protecteur et <strong>de</strong>fenseur <strong>de</strong>s siens.” – v.f.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!