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Comentário de Salmos - Vol. 1

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

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10 • <strong>Comentário</strong> dos <strong>Salmos</strong><br />

Valter Graciano Martins mantém essas notas.<br />

Graciano dá-nos Calvino simples, natural: sua tradução não é um<br />

labirinto, é clara fonte; <strong>de</strong>scobrimos encantados que ler Calvino em<br />

português é, além do mais, agradável.<br />

Quanto ao <strong>Comentário</strong> dos <strong>Salmos</strong>, não vejo necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> alongar-me<br />

pois também temos neste volume o prefácio à tradução inglesa,<br />

suficiente.<br />

Baste-nos anotar um óbvio que alguém po<strong>de</strong>ria não apreen<strong>de</strong>r:<br />

Calvino escreveu antes que a “Alta Crítica”, tão alérgica a admitir elemento<br />

sobrenatural na Revelação Especial <strong>de</strong> Deus ao Homem, tivesse<br />

entulhado o caminho <strong>de</strong> comentaristas e ensaístas com uma ficção<br />

científica às avessas.<br />

Mesmo comentadores eruditos e perfeitamente evangélicos se<br />

sentem hoje obrigados a comentar o Velho Testamento com pá na mão<br />

para remover o entulho acumulado em quase dois séculos por críticos<br />

secularistas, e a leitura acaba sendo cansativa e tediosa; alguém <strong>de</strong>veria<br />

contar-lhes que o rei está nu, e que ficção não é ciência.<br />

Contudo, Calvino dá a atenção <strong>de</strong>vida à tessitura histórica que<br />

envolve cada Salmo, quando há dados suficientes; a peculiarida<strong>de</strong>s<br />

da língua hebraica, quando é o caso; a velhas traduções, quando pertinente;<br />

à contribuição <strong>de</strong> Pais e Doutores, quando oportuna: Calvino<br />

é exegeta competente e erudito; e é crente em Jesus Cristo: sabe que<br />

qualquer texto da Palavra <strong>de</strong> Deus se enten<strong>de</strong> no contexto <strong>de</strong> toda a<br />

Palavra <strong>de</strong> Deus.<br />

Que o público <strong>de</strong> língua portuguesa apreciará esta tradução, não<br />

há dúvida.<br />

Desejamos que nosso bom tradutor continue, com a graça do<br />

Senhor.<br />

Rev. Boanerges Ribeiro (1919-2003)<br />

Ministro da Igreja Presbiteriana do Brasil e<br />

Presi<strong>de</strong>nte do Supremo Concílio da IPB (1966-1974)

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