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Comentário de Salmos - Vol. 1

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

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<strong>Salmos</strong> 20 • 401<br />

nele, e a ação <strong>de</strong> graça que <strong>de</strong> comum acordo lhe ren<strong>de</strong>ram. A <strong>de</strong>corrência<br />

<strong>de</strong> sua linguagem é esta: Não é pela preservação e bem-estar<br />

<strong>de</strong> um só homem que nos sentimos solícitos, e, sim, pela segurança e<br />

bem-estar <strong>de</strong> toda a Igreja.<br />

A expressão, em tua salvação, po<strong>de</strong> referir-se a Deus tanto quanto<br />

ao rei; pois a salvação que Deus conce<strong>de</strong> é às vezes chamada a salvação<br />

<strong>de</strong> Deus; mas o contexto requer que seja antes entendida em<br />

referência ao rei. O povo vivia “<strong>de</strong>baixo da sombra do rei”, para usar<br />

as palavras <strong>de</strong> Jeremias [Lm 4.20]; e por isso os fiéis agora testificam<br />

que, à medida que ele estiver a salvo e em prosperida<strong>de</strong>, todos eles serão<br />

alegres e felizes. Ao mesmo tempo, para distinguir sua alegria das<br />

danças e regozijo dos pagãos, eles <strong>de</strong>claram que hasteariam ban<strong>de</strong>iras<br />

em nome <strong>de</strong> Deus; pois a palavra lgd (dagal), aqui usada, significa hastear<br />

ou erguer uma ban<strong>de</strong>ira. O significado consiste em que os fiéis,<br />

com agra<strong>de</strong>cido reconhecimento pela graça <strong>de</strong> Deus, ce lebrarão seus<br />

louvores e triunfos em seu nome.<br />

[vv. 6-9]<br />

Agora sei que Jehovah salvou seu ungido; ele o ouvirá lá dos céus, <strong>de</strong> seu<br />

santuário, na força da salvação <strong>de</strong> sua <strong>de</strong>stra. 6 Uns confiam 7 em carruagens,<br />

e outros, em cavalos; nós, porém, nos lembraremos do nome <strong>de</strong><br />

Jehovah nosso Deus. Eles se curvam e caem; nós, porém, nos erguemos e<br />

ficamos <strong>de</strong> pé. Salva-nos, ó Jehovah! Que o rei nos ouça no dia em que lhe<br />

clamarmos.<br />

6 “Ou éspuissances le salut <strong>de</strong> as <strong>de</strong>xtre.” – versão francesa marginal. “Na gran<strong>de</strong>za da salvação<br />

<strong>de</strong> sua <strong>de</strong>stra.” A tradução que Horsley faz é esta: “Nos po<strong>de</strong>res [ou nas forças] da salvação <strong>de</strong><br />

sua <strong>de</strong>stra”; e ele vê esta cláusula como uma sentença por si mesma completa. Ele a explica assim:<br />

“Em todas as situações <strong>de</strong> po<strong>de</strong>r e força, tudo o que um homem natural enten<strong>de</strong> por livramento,<br />

sua preservação <strong>de</strong>ve ser a obra da mão direita <strong>de</strong> Deus.” “Essa parece”, diz ele, “ser a melhor<br />

explicação <strong>de</strong>sta frase, a qual por si só é uma cláusula, não uma parte da frase prece<strong>de</strong>nte; [Xy é<br />

um substantivo, o sujeito do verbo que subenten<strong>de</strong> um substantivo. As carruagens e os cavalos<br />

mencionados no próximo versículo são explicativos <strong>de</strong> trbn nesta frase, e tudo o que se segue<br />

<strong>de</strong>ste Salmo é uma ampliação <strong>de</strong>sse sentimento geral.<br />

7 No texto hebraico há aqui uma elipse, ficando assim a redação: “Uns em carruagens e uns<br />

em cavalos” etc. Todas as versões antigas lêem as palavras como estão no texto hebraico, sem o<br />

suplemento <strong>de</strong> algum verbo. Calvino faz o mesmo em sua versão latina; mas na versão francesa<br />

ele completa com o verbo, “Se foyent”, “confia”, o mesmo suplemento que é usado em nossa<br />

versão inglesa.

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