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Comentário de Salmos - Vol. 1

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

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<strong>Salmos</strong> 27 • 533<br />

[vv. 10-12]<br />

Quando meu pai e minha mãe me <strong>de</strong>sampararem, Jehovah me acolherá.<br />

Ensina-me teu caminho, ó Jehovah, e guia-me na vereda reta, por causa<br />

<strong>de</strong> meus adversários. Não me entregues ao <strong>de</strong>sejo 9<br />

<strong>de</strong> meus opressores;<br />

porque falsas testemunhas se levantaram contra mim, e os que dão à luz<br />

a violência.<br />

10. Quando meu pai e minha mãe me <strong>de</strong>sampararem. Como<br />

transparece da sacra história que Jessé, até on<strong>de</strong> sua oportunida<strong>de</strong><br />

admitiu, efetuou seu <strong>de</strong>ver em relação a seu filho Davi, alguns são <strong>de</strong><br />

opinião que os nobres e conselheiros são aqui mencionados em termos<br />

alegóricos; mas isso não se a<strong>de</strong>qua bem. Nem é com razão plausível que<br />

insistem nesta fraca interpretação. Davi não está a queixar-se <strong>de</strong> haver<br />

sido <strong>de</strong> forma <strong>de</strong>snaturada traído por seu pai ou por sua mãe; senão<br />

que, com tal comparação, ele magnifica a graça <strong>de</strong> Deus, <strong>de</strong>clarando<br />

que ele sempre esteve disposto a ajudá-lo, ainda que viesse a ser esquecido<br />

<strong>de</strong> todos os homens. A partícula hebraica, yk (ki), na maioria<br />

das vezes, significa porque, mas sabe-se também que às vezes é empregada<br />

como advérbio <strong>de</strong> tempo, quando. Davi, pois, pretendia informar<br />

que, toda benevolência, amor, zelo, atenção ou serviço encontrasse da<br />

parte dos homens, tudo isso é muito inferior à misericórdia paternal<br />

com que Deus abraça seu povo. O mais elevado grau <strong>de</strong> amor entre os<br />

homens, <strong>de</strong>ve-se dizer com razão, é encontrado nos pais que amam<br />

a seus filhos como suas próprias entranhas. Deus, porém, nos eleva<br />

a um ponto mais alto, <strong>de</strong>clarando pelos lábios do profeta Isaías que,<br />

ainda que uma mãe vier a esquecer o filho <strong>de</strong> seu ventre, ele jamais<br />

nos esqueceria [Is 49.15]. É nesse grau que Deus o coloca, <strong>de</strong> modo<br />

que aquele que é a fonte <strong>de</strong> toda benevolência exce<strong>de</strong> infinitamente a<br />

todos os mortais, que são por natureza malevolentes e mesquinhos.<br />

Entretanto, é uma forma imperfeita <strong>de</strong> se expressar, como a que encontramos<br />

em Isaías 63.16: “Mas tu és nosso Pai, ainda que Abraão não nos<br />

conhece, e Israel não nos reconhece.” Eis o suporte <strong>de</strong> tudo isso: Por<br />

9 “C’est, plaisir.” – versão marginal francesa. “Isto é, vonta<strong>de</strong> ou prazer.”

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