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Comentário de Salmos - Vol. 1

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

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<strong>Salmos</strong> 23 • 467<br />

exercitar-me no temor e no serviço <strong>de</strong> Deus, e progredir diariamente<br />

em todos os aspectos <strong>de</strong> genuína pieda<strong>de</strong>. Ele traça uma manifesta<br />

distinção entre si mesmo e os homens ímpios, os quais se <strong>de</strong>leitam<br />

tão-somente em encher seus ventres com luxuosas comidas. E não só<br />

isso, mas também notifica que viver para Deus é, em seu conceito,<br />

<strong>de</strong> tão gran<strong>de</strong> importância, que avaliava todos os confortos <strong>de</strong> sua<br />

carne só na proporção em que serviam para capacitá-lo a viver para<br />

Deus. Francamente afirma que a razão por que ele contemplava todos<br />

os benefícios que Deus lhe conferira era para que pu<strong>de</strong>sse habitar na<br />

casa do Senhor. Don<strong>de</strong> se segue que, quando se privava do <strong>de</strong>sfruto<br />

<strong>de</strong>ssa bênção, ele não levava em conta as <strong>de</strong>mais coisas; como se<br />

dissesse: Não terei nenhum prazer nos confortos terrenos, a menos<br />

que ao mesmo tempo eu pertença ao rebanho <strong>de</strong> Deus, como igualmente<br />

escreve em outro lugar: “Bem-aventurado o povo ao qual assim<br />

suce<strong>de</strong>; bem-aventura o povo cujo Deus é o Senhor” [Sl 144.15]. Por<br />

que ele <strong>de</strong>seja tão intensamente freqüentar o templo, senão para oferecer<br />

sacrifícios juntamente com seus irmãos adoradores, e cultivar,<br />

por meio <strong>de</strong> outros exercícios da religião, a meditação sobre a vida<br />

celestial? Portanto, é indubitável que a mente <strong>de</strong> Davi, pelo auxílio da<br />

prosperida<strong>de</strong> temporal <strong>de</strong> que <strong>de</strong>sfrutava, se elevava à esperança da<br />

herança eterna. Desse fato concluímos que, brutos são aqueles que se<br />

propõem qualquer felicida<strong>de</strong> além daquela que emana da intimida<strong>de</strong><br />

com Deus.

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