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Comentário de Salmos - Vol. 1

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

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444 • <strong>Comentário</strong> dos <strong>Salmos</strong><br />

mais evi<strong>de</strong>nte à luz do Salmo 25.16, on<strong>de</strong> Davi, ao chamar a si <strong>de</strong> pobre<br />

e solitário, indubitavelmente se queixa <strong>de</strong> que estava completamente<br />

privado <strong>de</strong> ami gos e esquecido do mundo inteiro.<br />

Ao dizer no final do versículo 21: Respon<strong>de</strong>-me, ou, Ouve-me dos<br />

chifres dos unicórnios, essa forma hebraica <strong>de</strong> expressão po<strong>de</strong> parecer<br />

estranha e obscura aos nossos ouvidos, mas o sentido não é<br />

<strong>de</strong> forma alguma ambíguo. A causa é apenas posta em lugar do efeito;<br />

pois nosso livramento é a conseqüência ou o efeito <strong>de</strong> Deus nos<br />

ouvir. Po<strong>de</strong> perguntar-se como isso se aplica a Cristo, a quem o Pai<br />

não livrou da morte. Mi nha resposta é expressa sucintamente, ou seja,<br />

ele foi mais po<strong>de</strong>rosamente libertado do que se Deus o impedisse <strong>de</strong><br />

cair vítima da morte, quando se constitui num livramento muito mais<br />

glorioso ressuscitar dos mortos do que ser curado <strong>de</strong> uma grave doença.<br />

A morte, pois, não impediu a ressurreição <strong>de</strong> Cristo <strong>de</strong> finalmente<br />

testificar que ele fora ouvido.<br />

[vv. 22-24]<br />

Declararei teu nome a meus irmãos; no meio da assembléia te louvarei. [Dizendo<br />

26 ]: Vós, que temeis a Jehovah, louvai-o; todos vós, <strong>de</strong>scendência <strong>de</strong><br />

Jacó, glorificai-o; e temei-o, todos vós, <strong>de</strong>scendência <strong>de</strong> Israel. Porque ele<br />

não <strong>de</strong>sprezou nem <strong>de</strong>s<strong>de</strong>nhou do pobre; nem ocultou-lhe ele seu rosto; e<br />

quando a ele clamou, foi ouvido.<br />

22. Declararei teu nome. 27 Davi, ao prometer que quando fosse libertado<br />

não seria ingrato, confirma o que anteriormente <strong>de</strong>clarara, ou<br />

seja, que se achava tão assolado pela tentação, que não tinha alento<br />

para resisti-la. Como po<strong>de</strong>ria ele pôr-se em prontidão, como o faz aqui,<br />

para oferecer a Deus o sacrifício <strong>de</strong> ações <strong>de</strong> graças, se não nutrisse<br />

<strong>de</strong> antemão a esperança <strong>de</strong> livramento? É mister ainda concordarmos<br />

que este Salmo foi composto <strong>de</strong>pois que Davi alcançou realmente o<br />

26 “Disant.” – v.f.<br />

27 A segunda parte do Salmo começa aqui. Há uma transição <strong>de</strong> linguagem da angústia mais<br />

profunda àquela <strong>de</strong> exaltada alegria e gratidão. O Messias sofredor aqui contempla os benditos<br />

resultados <strong>de</strong> seus sofrimentos.

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