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Comentário de Salmos - Vol. 1

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

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366 • <strong>Comentário</strong> dos <strong>Salmos</strong><br />

ram aplicadas. Com respeito aos reis e magistrados, Deus, que <strong>de</strong>clara<br />

que a vingança lhe pertence, ao armá-los com a espada, os constitui<br />

ministros e executores <strong>de</strong> sua vingança. Davi, pois, usou a palavra vingança<br />

para os justos castigos que lhe eram lícitos aplicar mediante o<br />

mandamento <strong>de</strong> Deus, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que fosse ele guiado pela influência <strong>de</strong><br />

um zelo <strong>de</strong>vidamente regulado pelo Espírito Santo, e não pela influência<br />

da impetuo sida<strong>de</strong> da carne. A menos que tal mo<strong>de</strong>ração seja<br />

exemplificada na realização dos <strong>de</strong>veres <strong>de</strong> sua vocação, será <strong>de</strong>bal<strong>de</strong><br />

que os reis se vangloriem <strong>de</strong> que Deus lhes tenha confiado o encargo<br />

<strong>de</strong> aplicar a vingança. Visto não ser menos imperdoável a um homem<br />

usar mal, segundo suas próprias fantasias e concupiscências da carne,<br />

a espada que lhe é permitido usar, do que apo<strong>de</strong>rar-se <strong>de</strong>la sem a<br />

autorida<strong>de</strong> divina.<br />

A Igreja militante, que se acha sob a ban<strong>de</strong>ira <strong>de</strong> Cristo, não tem<br />

permissão <strong>de</strong> executar vingança, exceto contra aqueles que obstinadamente<br />

se recusam a ser corrigidos. Recebemos a or<strong>de</strong>m <strong>de</strong><br />

empenhar-nos na conquista <strong>de</strong> nossos inimigos pela prática do bem e<br />

pela oração para que sejam alcançados pela salvação. Esta, portanto,<br />

nos leva, ao mesmo tempo, a <strong>de</strong>sejar que eles sejam conduzidos ao<br />

arrependimento e a um correto estado mental, até que se comprove,<br />

além <strong>de</strong> toda e qualquer dúvida, que são irrecuperáveis e <strong>de</strong>sesperançosamente<br />

<strong>de</strong>pravados. Entrementes, com respeito à vingança, <strong>de</strong>ve<br />

ela ser <strong>de</strong>ixada com Deus, para que não sejamos, à revelia, levados a<br />

executá-la antes do tempo. Davi, a seguir, conclui, à luz dos perigos e<br />

das angústias em que foi envolvido, que, se não fora preservado pela<br />

mão divina, não po<strong>de</strong>ria, <strong>de</strong> outra forma, ter escapado em segurança:<br />

Meu libertador <strong>de</strong> meus inimigos; sim, tu me tens exaltado sobre<br />

aqueles que se têm insurgido contra mim. O sentido como <strong>de</strong>vemos<br />

enten<strong>de</strong>r o termo, in surgir, do qual fala aqui, consiste em que ele fora<br />

tão maravi lhosamente elevado tão acima do po<strong>de</strong>r e da malícia <strong>de</strong><br />

seus inimigos, que não po<strong>de</strong>ria sucumbir diante <strong>de</strong> sua violência, e<br />

que eles não po<strong>de</strong>riam ser vitoriosos sobre ele.<br />

49. Portanto, eu te louvarei, ó Jehovah! Neste versículo, ele

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