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Comentário de Salmos - Vol. 1

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

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20 • <strong>Comentário</strong> dos <strong>Salmos</strong><br />

que tem sido usada, e a qual foi indubitavelmente a última corrigida<br />

sob os cuidados oculares do autor, foi impressa em 1563 e é <strong>de</strong>scrita<br />

no frontispício como “tão cuidadosamente revisada, e tão fielmente<br />

comparada com a versão latina, que po<strong>de</strong> ser consi<strong>de</strong>rada uma nova<br />

tradução”. Enquanto o tradutor fazia da versão latina seu livro-texto,<br />

ele fez uma confrontação muitíssimo cuidadosa com a versão francesa,<br />

pela qual se viu imensamente corroborado para imprimir uma mais<br />

clara e mais plena representação do significado <strong>de</strong> seu autor. Tendo a<br />

versão francesa vindo a lume <strong>de</strong>pois da versão latina, e sendo ela escrita<br />

na língua nativa <strong>de</strong> Calvino, na qual se esperava fosse escrita com<br />

mais facilida<strong>de</strong> do que numa língua morta, admitido, não obstante,<br />

que suas obras em latim visam à pureza <strong>de</strong> seu estilo clássico, ela contém<br />

numerosas expansões do pensamento e expressão, pelas quais<br />

ele remove as obscurida<strong>de</strong>s ocasionais da versão latina, que se acha<br />

escrita num estilo mais comprimido e conciso. Às vezes, ainda que<br />

não com freqüência, nos <strong>de</strong>paramos com uma sentença completa, na<br />

versão francesa, que não será encontrada na latina; mas há casos que<br />

ocorrem com freqüência em que, ao inserir na versão francesa uma<br />

cláusula no início, no meio ou no fim <strong>de</strong> uma oração, a qual não ocorre<br />

no latim, ele explica o que é obscuro na última versão, ou introduz<br />

um novo pensamento ou expressa seu significado com mais clareza e<br />

numa linguagem mais copiosa. O tradutor introduziu essas cláusulas<br />

adicionais no texto, em seu <strong>de</strong>vido lugar, e as indicou com um a<strong>de</strong>ndo<br />

ao original francês na forma <strong>de</strong> notas <strong>de</strong> rodapé. Ele, entretanto, às<br />

vezes traduz da versão francesa on<strong>de</strong> parece mais completa e mais<br />

perspicaz do que o latim, sem o indicar em notas <strong>de</strong> rodapé. Em uns<br />

poucos exemplos, on<strong>de</strong> a expressão nas duas versões é diferente, ele<br />

<strong>de</strong>u a expressão <strong>de</strong> ambas, retendo no texto a da versão latina e transferindo<br />

a da versão francesa para o rodapé.<br />

Com respeito ao princípio sobre o qual ele proce<strong>de</strong>u na tarefa <strong>de</strong><br />

traduzir, é bastante dizer que se esforçou por expressar o significado<br />

do autor na linguagem tão fiel ao original quanto lhe foi possível,<br />

evitando ser <strong>de</strong>masiadamente literal, por um lado, e <strong>de</strong>masiadamente

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