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Comentário de Salmos - Vol. 1

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

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<strong>Salmos</strong> 24 • 469<br />

De Jeová e a terra. Deparar-nos-emos, em muitos outros passos,<br />

com os filhos <strong>de</strong> Abraão sendo confrontados com todo o restante da<br />

humanida<strong>de</strong>, para que a graciosa benevolência divina, selecionandoos<br />

<strong>de</strong>ntre todas as <strong>de</strong>mais nações e envolvendo-os nos braços <strong>de</strong> sua<br />

graça, pu<strong>de</strong>sse resplan<strong>de</strong>cer ainda mais conspicuamente. O objetivo<br />

do início do Salmo é <strong>de</strong>monstrar que os ju<strong>de</strong>us nada tinham <strong>de</strong> si<br />

mesmos que pu<strong>de</strong>sse qualificá-los a chegar mais perto ou a ter maior<br />

familiarida<strong>de</strong> com Deus do que os gentios. Visto que Deus, por sua<br />

providência, preserva o mundo, o po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> seu governo se esten<strong>de</strong><br />

igualmente a todos, <strong>de</strong> modo que ele <strong>de</strong>ve ser adorado por todos,<br />

ainda quando ele também revela a todos os homens, sem exceção, o<br />

cuidado paternal que mantém sobre eles. Visto, porém, que preferiu<br />

os ju<strong>de</strong>us a todas as <strong>de</strong>mais nações, era indispensavelmente necessário<br />

que houvesse algum sacro vínculo <strong>de</strong> conexão entre ele e eles, o<br />

qual pu<strong>de</strong>sse distingui-los das nações pagãs.<br />

Valendo-se <strong>de</strong>ste argumento, Davi os convida e os exorta à santida<strong>de</strong>.<br />

Ele lhes assegura que era razoável que aqueles a quem Deus<br />

adotou como seus filhos portassem certas marcas peculiares a si próprios<br />

e que não se assemelhassem totalmente aos estrangeiros. Não<br />

que ele os incite a <strong>de</strong>sejarem que Deus prejudique os outros, para com<br />

isso granjear seu favor exclusivo; senão que os ensina, à luz do propósito<br />

ou <strong>de</strong>sígnio <strong>de</strong> sua eleição, que então terão garantido para si<br />

a firme e pacífica posse da honra que Deus lhes conferiu para uma<br />

vida reta e santa. 2 Debal<strong>de</strong> teriam sido selecionados e reunidos num<br />

corpo distinto, como um povo peculiar <strong>de</strong> Deus, se não se aplicassem<br />

ao cultivo da santida<strong>de</strong>. Em suma, o salmista proclama a Deus como<br />

o Rei do mundo inteiro, com o fim <strong>de</strong> levar os homens a saberem que,<br />

mesmo pela lei da natureza, são obrigados a servi-lo. E ao <strong>de</strong>clarar que<br />

[Deus] havia feito um pacto <strong>de</strong> salvação com uma pequena porção da<br />

humanida<strong>de</strong>, e mediante a ereção do tabernáculo, <strong>de</strong>u aos filhos <strong>de</strong><br />

2 “Qu’adonc ils entreront en ferme et paisible possesseion <strong>de</strong> l’honneur que Dieu leur a fait<br />

par <strong>de</strong>ssus les autres nations.” nota, fr. marg.

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