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Comentário de Salmos - Vol. 1

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

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<strong>Salmos</strong> 27 • 529<br />

que Davi falou no Salmo 3.4: “E tu, Senhor, és aquele que exata minha cabeça.”<br />

Mas visto que o cerco é aqui posto em oposição a este pensamento,<br />

sua intenção era que nesse refúgio divino ele seria como que guardado<br />

em lugar alto, <strong>de</strong> sorte que pu<strong>de</strong>sse <strong>de</strong>stemidamente <strong>de</strong>s<strong>de</strong>nhar dos dardos<br />

<strong>de</strong> seus inimigos, que <strong>de</strong> outra forma o trespassariam. E ao esperar<br />

por vitória, ainda que fosse reduzido a gran<strong>de</strong>s dificulda<strong>de</strong>s como que<br />

ameaçado <strong>de</strong> morte instantânea, ele nos dá uma notável prova <strong>de</strong> sua fé,<br />

pela qual somos instruídos a não medir o auxílio divino pelas aparências<br />

externas ou recursos visíveis, mas mesmo em meio à morte <strong>de</strong>vemos esperar<br />

pelo livramento provindo <strong>de</strong> sua po<strong>de</strong>rosa e vitoriosa mão.<br />

6. E oferecerei em seu tabernáculo sacrifícios <strong>de</strong> triunfo. 5 Ao<br />

fazer um voto solene <strong>de</strong> ações <strong>de</strong> graças, após ter sido libertado dos<br />

perigos, ele se confirma uma vez mais na esperança <strong>de</strong> livramento. Os<br />

fiéis sob a lei, nós sabemos, costumavam, por meio <strong>de</strong> um rito solene,<br />

pagar seus votos quando tivessem experimentado alguma bênção<br />

extraordinária provinda <strong>de</strong> Deus. Aqui, portanto, Davi, ainda que banido<br />

e proibido <strong>de</strong> aproximar-se do templo, se gloria <strong>de</strong> que uma vez<br />

mais iria ao altar <strong>de</strong> Deus e ofereceria o sacrifício <strong>de</strong> louvor. Parece,<br />

contudo, que ele tacitamente põe os cânticos e o júbilo santos, nos<br />

quais promete dar graças a Deus, em oposição aos triunfos profanos<br />

do mundo.<br />

[vv. 7-9]<br />

Ouve, ó Jehovah, minha voz, com que clamo a ti; tem misericórdia <strong>de</strong> mim,<br />

e respon<strong>de</strong>-me. Meu coração disse a ti: 6 buscai minha face; portanto, 7 tua<br />

face, ó Jehovah, eu buscarei. Não ocultes <strong>de</strong> mim tua face; em tua ira não<br />

lances fora a teu servo; tu tens sido minha força; não me <strong>de</strong>ixes nem me<br />

esqueças completamente, ó Deus <strong>de</strong> minha salvação!<br />

5 “Sacrificia jubili.” – latim. “Sacrifice <strong>de</strong> triomphe.” – francês. Ainsworth lê: “Sacrifícios <strong>de</strong><br />

aclamação ou <strong>de</strong> triunfo, <strong>de</strong> retumbância jubilosa.” Diz ele: “Isso tem referência à lei que apontava<br />

para as trombetas que soavam no momento dos sacrifícios [Nm 10.10], cujo som principal, mais<br />

alto, mais jubiloso e triunfante chamava-se trughnah [ou h[wrt, truah, a palavra aqui usada], ‘triunfo’,<br />

‘alarma’ ou ‘júbilo’ [Nm 10.5-7].”<br />

6 “Ou dit <strong>de</strong> toy.” – versão marginal francesa. “Ou disse <strong>de</strong> ti ou concernente a ti.”<br />

7 “Pourtant.” – v.f.

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