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Comentário de Salmos - Vol. 1

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

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412 • <strong>Comentário</strong> dos <strong>Salmos</strong><br />

exemplificado em Cristo que, do <strong>de</strong>sprezo, da ignomínia, da morte, do<br />

túmulo e do <strong>de</strong>sespero foi elevado por seu Pai à soberania do céu, a<br />

fim <strong>de</strong> sentar à <strong>de</strong>stra do Pai, para sempre, e, extensivamente, para ser<br />

o Juiz do mundo.<br />

5. Sua glória é gran<strong>de</strong>. Com essas palavras o povo notifica que<br />

seu rei, através da proteção que Deus lhe proporcionara, bem como<br />

dos livramentos que lhe provi<strong>de</strong>nciara, alcançou maior renome do que<br />

se houvera reinado pacificamente em meio aos aplausos <strong>de</strong> todos os<br />

homens, ou se houvera sido <strong>de</strong>fendido pela riqueza e força humanas;<br />

ou, por fim, houvera prosseguido sempre invencível por seu próprio<br />

po<strong>de</strong>r e política. Pois, com isso, ficou ainda mais evi<strong>de</strong>nte que só alcançara<br />

a dignida<strong>de</strong> real através do favor divino e conduzido pelos<br />

mandamentos <strong>de</strong> Deus. Os israelitas crentes, pois, <strong>de</strong>ixaram aos reis<br />

pagãos a tarefa <strong>de</strong> nobilitar-se por suas próprias realizações e <strong>de</strong><br />

adquirir fama por sua própria coragem; enquanto que eles mesmos<br />

<strong>de</strong>ram mais valor ao fato <strong>de</strong> Deus graciosamente revelar-se favorável<br />

para com seu rei, 5<br />

do que a todos os triunfos do mundo. Ao mesmo<br />

tempo, prometeram a si mesmos que tomariam a assistência divina<br />

como suficiente para adornar o rei com majesta<strong>de</strong> e honra.<br />

6. Pois tu o puseste por bênçãos para sempre. Alguns explicam<br />

essas palavra simplesmente assim: Deus escolheu a Davi para ser rei<br />

a fim <strong>de</strong> <strong>de</strong>rramar sobre ele suas bênçãos com rica profusão. Mas é<br />

evi<strong>de</strong>nte que algo mais está subentendido nesse modo <strong>de</strong> se expressar.<br />

Implica que o rei <strong>de</strong>sfrutava <strong>de</strong> uma abundância tão exuberante <strong>de</strong><br />

todos as coisas excelentes, que podia merecidamente consi<strong>de</strong>rar-se o<br />

exemplo da gran<strong>de</strong>za da divina beneficência; ou que, ao orar, seu nome<br />

seria geralmente usado para servir <strong>de</strong> exemplo <strong>de</strong> como o suplicante<br />

<strong>de</strong>sejava ser tratado. Os ju<strong>de</strong>us tinham o costume <strong>de</strong> falar dos que<br />

eram postos por maldição como alguém que se tornava em extremo<br />

execrável, e sobre quem a pavorosa vingança <strong>de</strong> Deus havia sido aplicada<br />

com tal severida<strong>de</strong>, que seu próprio nome servia <strong>de</strong> malditas<br />

5 “Que la grace <strong>de</strong> Dieu se monstre favorable envers leur Roy.” – v.f.

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