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Comentário de Salmos - Vol. 1

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

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<strong>Salmos</strong> 18 • 333<br />

<strong>de</strong>sse um espesso véu entre ele e os homens, com o intuito <strong>de</strong> privá-los<br />

da visão <strong>de</strong> seu rosto, 20 justamente como um rei, inflamado contra seus<br />

súditos, se retira para sua câmara secreta e se oculta <strong>de</strong>les. Equivocam-se<br />

os que tomam este versículo e o apresentam para provar, em<br />

termos gerais, o caráter oculto e misterioso da glória <strong>de</strong> Deus, como<br />

se Davi, com o intuito <strong>de</strong> refrear a presunção da curiosida<strong>de</strong> humana,<br />

dissesse que Deus está oculto nas trevas em relação aos homens. É<br />

verda<strong>de</strong> que está registrado que Deus “habita em luz inacessível”, fora<br />

do alcance humano [1 Tm 6.16]; mas a forma <strong>de</strong> expressão que Davi<br />

emprega aqui, não tenho dúvida, <strong>de</strong>ve restringir-se, segundo o escopo<br />

da passagem, ao sentido que tenho apresentado.<br />

[vv. 12-19]<br />

Suas nuvens fugiram do resplendor que estava diante <strong>de</strong>le; havia saraiva<br />

e brasas <strong>de</strong> fogo. Jehovah trovejou nos céus e o Altíssimo levantou sua<br />

voz; havia saraiva e brasas <strong>de</strong> fogo. Enviou suas setas e as espalhou [ou as<br />

pôs em fuga]; multiplicou relâmpagos 21 e os pôs em confusão. Viram-se as<br />

fontes das águas, e <strong>de</strong>scobriram-se os fundamentos do mundo à tua repreensão,<br />

ó Jehovah, ao resfolegar <strong>de</strong> tuas narinas. 22 Deu or<strong>de</strong>ns do alto e me<br />

tomou e me tirou das muitas águas. Libertou-me <strong>de</strong> meu inimigo forte e <strong>de</strong><br />

meu adversário; pois eram fortes <strong>de</strong>mais para mim. Surpreen<strong>de</strong>ram-me no<br />

dia <strong>de</strong> minha calamida<strong>de</strong>; mas Jehovah era o meu apoio. Trouxe-me para<br />

um lugar espaçoso; livrou-me, porque tinha boa vonta<strong>de</strong> para comigo [ou<br />

porque me amava].<br />

12. Suas nuvens fugiram do resplendor que estava diante <strong>de</strong>le. O<br />

salmista uma vez mais volve aos relâmpagos que, ao dividirem e, por assim<br />

dizer, fen<strong>de</strong>rem as nuvens, põem o céu a <strong>de</strong>scoberto; e, portanto,<br />

ele diz que as nuvens <strong>de</strong> Deus (isto é, aquelas que ele expediu adiante<br />

20 “C’est comme s’il tendoit un voile espes entre luy et les hommes, afin <strong>de</strong> leur oster le regard<br />

<strong>de</strong> sa face.” – v.f.<br />

21 Em nossa versão inglesa temos: Ele lançou relâmpagos. A palavra hebraica, bbr, rabab, significa<br />

tanto multiplicar quanto lançar. Visto que o lançamento <strong>de</strong> setas é mencionado na primeira<br />

cláusula do versículo, po<strong>de</strong> presumir-se que é o lançamento <strong>de</strong> relâmpagos que se enten<strong>de</strong> na segunda<br />

cláusula, sendo contrastados setas e relâmpagos. A redação das versões Septuaginta, Caldaica,<br />

Siríaca, Arábica e Etiópica, contudo, é a mesma <strong>de</strong> Calvino – Ele multiplicou relâmpagos.<br />

22 “Ou <strong>de</strong> ton ire.” – versão francesa marginal. “Ou, em tua ira.”

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