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Comentário de Salmos - Vol. 1

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

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<strong>Salmos</strong> 24 • 475<br />

concernente à fé e ao invocar a Deus? A razão para isso é facilmente<br />

explicável. Visto que raramente suce<strong>de</strong> que uma pessoa se porta reta<br />

e inocentemente para com seus irmãos, a menos que ela se revista do<br />

genuíno temor <strong>de</strong> Deus, andando pru<strong>de</strong>ntemente diante <strong>de</strong>le, Davi mui<br />

judiciosamente forma sua avaliação da pieda<strong>de</strong> dos homens para com<br />

Deus pelo caráter <strong>de</strong> sua conduta para com seus semelhantes. Pela<br />

mesma razão, Cristo [Mt 23.23] apresenta “o juízo, a misericórdia e a<br />

fé” como os itens primordiais da lei; e Paulo chama a ‘carida<strong>de</strong>’ uma<br />

vez <strong>de</strong> “o fim da lei” [1 Tm 1.5] e outra vez <strong>de</strong> “o vínculo da perfeição”<br />

[Cl 3.14].<br />

[vv. 5-6]<br />

Ele receberá bênção <strong>de</strong> Jeová e justiça do Deus <strong>de</strong> sua salvação. Esta é a<br />

geração dos que o buscam, dos que buscam tua face! 9 Selah.<br />

Ele receberá bênção. Com o fim <strong>de</strong> mudar a mentalida<strong>de</strong> dos<br />

israelitas mais eficazmente, Davi <strong>de</strong>clara que nada é mais <strong>de</strong>sejável do<br />

que ser consi<strong>de</strong>rado um <strong>de</strong>ntre o rebanho <strong>de</strong> Deus e participar do rol<br />

da igreja. Aqui <strong>de</strong>vemos consi<strong>de</strong>rar que um contraste implícito entre<br />

os verda<strong>de</strong>iros israelitas e aqueles <strong>de</strong> seu meio que são <strong>de</strong>generados<br />

e bastardos. Quanto mais liberda<strong>de</strong> os perversos dão a si mesmos,<br />

mais presunçosos são eles em preten<strong>de</strong>r ao nome <strong>de</strong> Deus, como se<br />

ele tivesse obrigação para com eles, visto que são adornados com os<br />

mesmos símbolos ou emblemas externos como se fosse crentes genuínos.<br />

Conseqüentemente, o pronome <strong>de</strong>monstrativo, esta, no próximo<br />

versículo, é <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> peso, pois ele expressamente exclui toda aquela<br />

geração bastarda que se gloriou somente máscara <strong>de</strong> cerimônias<br />

externas. E neste versículo, ao falar <strong>de</strong> bênção, ele notifica que os participantes<br />

da bênção prometida não são aqueles que se gloriam <strong>de</strong> ser<br />

servos <strong>de</strong> Deus, conservando apenas o seu nome, mas aqueles que<br />

respon<strong>de</strong>m ao seu chamamento <strong>de</strong> todo o seu coração e sem qualquer<br />

hipocrisia. Como já observamos, é um po<strong>de</strong>roso induzimento a<br />

9 “Asfavoir, Jacob” nota, fr. marg. “Isto é, Jacó.”

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