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Comentário de Salmos - Vol. 1

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

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Introdução • 21<br />

liberal, por outro; esse é, em seu entendimento, o método pelo qual<br />

um tradutor po<strong>de</strong> melhor fielmente representar ao leitor o sentido,<br />

bem como o estilo e hábito <strong>de</strong> seu autor.<br />

Foi dado à própria versão <strong>de</strong> Calvino, do Texto Sacro, em preferência<br />

ao <strong>de</strong> nossa Bíblia em língua inglesa, quando isso era necessário ao claro<br />

entendimento <strong>de</strong> suas ilustrações. As duas versões, entretanto, contêm<br />

boa dose <strong>de</strong> semelhança uma com a outra. Às vezes a versão inglesa é<br />

uma acurada tradução <strong>de</strong> Calvino; outras vezes [se assemelham] às variantes<br />

marginais que se encontram em algumas <strong>de</strong> nossas Bíblias em<br />

inglês. Entretanto, ele não poucas vezes difere <strong>de</strong> ambas; e, em alguns<br />

exemplos, ainda que não em todos, on<strong>de</strong> ele difere sua tradução parece<br />

ser superior em exatidão e põe o sentimento do original numa clarida<strong>de</strong><br />

mais plena e com maior efeito do que se faz em nossa versão inglesa. As<br />

citações bíblicas que ele faz têm conferido com as palavras <strong>de</strong> nossa Bíblia<br />

inglesa, exceto naqueles casos em que seu argumento exigia que sua<br />

própria tradução da passagem fosse conservada.<br />

Esta obra foi traduzida para o inglês alguns anos após seu primeiro<br />

aparecimento, através <strong>de</strong> Arthur Golding, cuja tradução foi publicada<br />

em Londres, em 1571. Arthur Golding, membro <strong>de</strong> ilustre família e natural<br />

<strong>de</strong> Londres, foi um dos mais renomados tradutores dos clássicos<br />

romanos, na época da Rainha Elizabeth, quando a tradução <strong>de</strong>ssas valiosas<br />

obras da antigüida<strong>de</strong>, para o idioma inglês, envolvia todo o seu<br />

labor literário. Ele traduziu a História <strong>de</strong> Justino, os <strong>Comentário</strong>s <strong>de</strong><br />

César, a Metamorfose <strong>de</strong> Ovídio, os Benefícios <strong>de</strong> Sêneca e outros autores<br />

clássicos; bem como diversas obras mo<strong>de</strong>rnas, tanto em francês<br />

como em latim, entre as quais está uma série dos escritos <strong>de</strong> Calvino,<br />

além dos <strong>Salmos</strong>. Tudo indica que sua única obra tenha sido “Discurso<br />

sobre o terremoto que ocorreu no Reino da Inglaterra e outros lugares<br />

da Cristanda<strong>de</strong>, a seis <strong>de</strong> abril <strong>de</strong> 1580”, publicado em seis volumes.<br />

“É uma pena”, diz Warton, “que tenha ele dado tanto <strong>de</strong> seu tempo à<br />

tradução.” 6 Golding foi, sem qualquer sombra <strong>de</strong> dúvida, um bom eru-<br />

6 Veja-se Biographica Dramatica; Lown<strong>de</strong>s’ Biographer’s Manual of English Literature; e War-

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