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Comentário de Salmos - Vol. 1

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

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Dedicatória<br />

João Calvino<br />

aos leitores piedosos e sinceros,<br />

saudações<br />

Visto que a leitura <strong>de</strong>stes meus <strong>Comentário</strong>s tem transmitido infindos<br />

benefícios à Igreja <strong>de</strong> Deus, enquanto eu mesmo tenho colhido<br />

bênçãos proce<strong>de</strong>ntes da composição dos mesmos, não terei motivo<br />

para sentir-me pesaroso por ter empreendido esta obra. Tendo feito<br />

aqui, em nossa pequena escola, uma exposição do Livro dos <strong>Salmos</strong>,<br />

cerca <strong>de</strong> três anos atrás, pensei que tivesse, por esse meio, me <strong>de</strong>sincumbido<br />

satisfatoriamente <strong>de</strong> meu <strong>de</strong>ver, e resolvi não publicar aos<br />

olhos do mundo o que, <strong>de</strong> forma familiar, ensinara aos meus próprios<br />

paroquianos. E, <strong>de</strong> fato, antes mesmo <strong>de</strong> empreen<strong>de</strong>r a exposição <strong>de</strong>ste<br />

livro em minhas preleções, ante as solicitações <strong>de</strong> meus irmãos, tive<br />

que expor a razão por que me afastava <strong>de</strong>ste tema, ou seja: porque o<br />

mais fiel doutor da Igreja <strong>de</strong> Deus, Martin Bucer, havia labutado neste<br />

campo com tão singular erudição, diligência, fi<strong>de</strong>lida<strong>de</strong> e com tanto<br />

sucesso, que afinal não havia tanta necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> eu lançar mão <strong>de</strong>ssa<br />

tarefa. E tivessem os <strong>Comentário</strong>s <strong>de</strong> Wolfgang Musculus, naquele<br />

tempo, sido publicados, e não me teria omitido fazer-lhes justiça,<br />

mencionando-os da mesma forma, já que ele também, na avaliação<br />

dos homens <strong>de</strong> bem, granjeou não pouco louvor por sua diligência e<br />

indústria nessa caminhada. Não tinha ainda chegado ao fim do livro<br />

quando, vejam só: fui estimulado por reiteradas solicitações para não<br />

<strong>de</strong>ixar que minhas preleções, as quais algumas pessoas, cuidadosa e<br />

fielmente, e não sem muito esforço, tomaram nota, se per<strong>de</strong>ssem para<br />

o mundo. Meu propósito permanecia ainda inalterado; só prometi que<br />

faria o que por muito tempo bailava em minha mente, a saber: escre-

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