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Comentário de Salmos - Vol. 1

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

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Dedicatoria • 33<br />

a granjear fama, diante do fato <strong>de</strong> que imediatamente <strong>de</strong>pois <strong>de</strong>ixei<br />

Basle, e particularmente à luz do fato <strong>de</strong> que ninguém ali sabia que eu<br />

era seu autor.<br />

Para qualquer lugar aon<strong>de</strong> eu fosse, teria me acautelado a fim<br />

<strong>de</strong> ocultar minha i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> como o autor <strong>de</strong> tal façanha; e resolvera<br />

continuar na mesma privacida<strong>de</strong> e obscurida<strong>de</strong>, até que, finalmente,<br />

William Farel me <strong>de</strong>teve em Genebra, não propriamente movido por<br />

conselho e exortação, e, sim, movido por uma fulminante imprecação,<br />

a qual me fez sentir como se Deus pessoalmente, lá do céu, houvera<br />

estendido sua po<strong>de</strong>rosa mão sobre mim e me aprisionado.<br />

Como a estrada mais direta para Strasburg, pela qual eu então<br />

pretendia passar, estava bloqueada pelas forças armadas, então <strong>de</strong>cidi<br />

passar rapidamente por Genebra, permanecendo ali não mais que<br />

uma noite. Um pouco antes disso, o papismo havia sido expulso <strong>de</strong>la<br />

pelos esforços daquela excelente pessoa, a quem já me referi, e <strong>de</strong><br />

Pedro Viret. Todavia, a situação ainda não estava apaziguada, e a cida<strong>de</strong><br />

se encontrava dividida em facções ímpias e danosas. Então certo<br />

indivíduo, que agora se encontrava ignominiosamente em estado <strong>de</strong><br />

apostasia, e havia ban<strong>de</strong>ado para os papistas, me <strong>de</strong>scobriu e revelou<br />

a outros minha i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong>.<br />

Nisso, Farel, que ardia com um inusitado zelo pelo avanço do<br />

evangelho, imediatamente pôs em ação toda a sua energia a fim <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>ter-me. E, ao <strong>de</strong>scobrir que meu coração estava completamente <strong>de</strong>votado<br />

aos meus próprios estudos pessoais, para os quais <strong>de</strong>sejava<br />

conservar-me livre <strong>de</strong> quaisquer outras ocupações, e percebendo ele<br />

que não lucraria nada com seus rogos, então lançou sobre mim sua<br />

imprecação, dizendo que Deus haveria <strong>de</strong> amaldiçoar meu isolamento<br />

e a tranqüilida<strong>de</strong> dos estudos que eu tanto buscava, caso me esquivasse<br />

e recusasse dar minha assistência, quando a necessida<strong>de</strong> era<br />

em extremo premente.<br />

Sob o impacto <strong>de</strong> tal imprecação, eu me senti tão abalado <strong>de</strong> terror,<br />

que <strong>de</strong>sisti da viagem que havia começado. Movido, porém, por minha<br />

natural solidão e timi<strong>de</strong>z, não me via na obrigação <strong>de</strong> responsabili-

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