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Comentário de Salmos - Vol. 1

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

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<strong>Salmos</strong> 1 • 45<br />

lei, não se <strong>de</strong>ve <strong>de</strong>duzir como se as <strong>de</strong>mais partes da Escritura fossem<br />

excluídas, mas, antes, visto que toda a Escritura outra coisa não é senão<br />

a exposição da lei, ela é como a cabeça sob a qual se compreen<strong>de</strong><br />

todo o corpo. O profeta, pois, ao enaltecer a lei, inclui todo o restante<br />

dos escritos inspirados. É mister, pois, que ele seja compreendido<br />

como a exortar os fiéis a meditarem também nos <strong>Salmos</strong>. Ao caracterizar<br />

o santo se <strong>de</strong>leitando na lei do Senhor, daí po<strong>de</strong>mos apren<strong>de</strong>r que<br />

a obediência forçada ou servil não é <strong>de</strong> forma alguma aceitável diante<br />

<strong>de</strong> Deus, e que só são dignos estudantes da lei aqueles que se chegam<br />

a ela com uma mente disposta e se <strong>de</strong>leitam com suas instruções, não<br />

consi<strong>de</strong>rando nada mais <strong>de</strong>sejável e <strong>de</strong>licioso do que extrair <strong>de</strong>la o<br />

genuíno progresso. Desse amor pela lei proce<strong>de</strong> a constante meditação<br />

nela, o que o profeta menciona na última cláusula do versículo; pois<br />

todos quantos são verda<strong>de</strong>iramente impulsionados pelo amor à lei <strong>de</strong>vem<br />

sentir prazer no diligente estudo <strong>de</strong>la.<br />

[v. 3]<br />

Ele será como uma árvore plantada junto a ribeiros <strong>de</strong> águas, que produz<br />

seu fruto na estação própria, cujas folhas não murcharão, e tudo quanto<br />

faz prosperará.<br />

Aqui, o salmista ilustra, e ao mesmo tempo confirma pelo uso<br />

<strong>de</strong> metáfora, a afirmação feita no versículo prece<strong>de</strong>nte; pois ele<br />

mostra em que sentido os que temem a Deus são consi<strong>de</strong>rados<br />

bem-aventurados, ou seja, não porque <strong>de</strong>sfrutem <strong>de</strong> evanescente<br />

e infantil alegria, mas porque se encontram numa condição saudável.<br />

Há nas palavras um contraste implícito entre o vigor <strong>de</strong> uma<br />

árvore plantada num sítio bem regado e a aparência <strong>de</strong>caída <strong>de</strong><br />

uma que, embora viceje prazenteiramente por algum tempo, no<br />

entanto logo murcha em <strong>de</strong>corrência da ari<strong>de</strong>z do solo em que se<br />

acha plantada. Com respeito aos ímpios, como veremos mais adiante<br />

[Salmo 37.35], eles são às vezes como “os cedros do Líbano”.<br />

Desfrutam <strong>de</strong> uma prosperida<strong>de</strong> tão exuberante, tanto <strong>de</strong> riquezas<br />

quanto <strong>de</strong> honras, que nada parece faltar-lhes para sua presente

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