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Curso_de_direito_do_trabalho(2)

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CAPÍTULO 3<br />

Emprega<strong>do</strong>r<br />

1. Conceito <strong>de</strong> emprega<strong>do</strong>r<br />

Não há qualquer equívoco na expressão “consi<strong>de</strong>ra-se emprega<strong>do</strong>r a empresa” 234. Quis a lei<br />

<strong>de</strong>spersonalizar a figura <strong>do</strong> emprega<strong>do</strong>r, vinculan<strong>do</strong> o emprega<strong>do</strong> à empresa, um ente sem<br />

personalida<strong>de</strong>. José Augusto Rodrigues Pinto prefere a expressão “<strong>de</strong>si<strong>de</strong>ntificação <strong>do</strong><br />

emprega<strong>do</strong>r” 235. Desta forma, o emprega<strong>do</strong> está garanti<strong>do</strong> pelo conjunto <strong>de</strong> bens corpóreos e<br />

incorpóreos que compõe esta universalida<strong>de</strong> que é a empresa.<br />

Não importa para o emprega<strong>do</strong> quem esteja à frente da empresa (<strong>do</strong> negócio, da ativida<strong>de</strong><br />

econômica), pois aquele estará sempre vincula<strong>do</strong> a esta ativida<strong>de</strong> e, portanto, livre <strong>de</strong> eventuais<br />

alterações societárias que possam prejudicar seus <strong>direito</strong>s. O emprega<strong>do</strong>r é, portanto, a empresa, e<br />

não a pessoa física ou jurídica titular <strong>do</strong> negócio (ver arts. 10 e 448 da CLT). Este conceito se aplica,<br />

inclusive, às socieda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> economia mista e empresas públicas. Mesmo integran<strong>do</strong> a administração<br />

pública indireta, representam uma forma <strong>de</strong> interferência <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> na ativida<strong>de</strong> econômica privada.<br />

A<strong>de</strong>mais, estas socieda<strong>de</strong>s são pessoas jurídicas <strong>de</strong> <strong>direito</strong> priva<strong>do</strong>, ainda que constituídas com capital<br />

público (art. 173, § 1º, da CF).<br />

2. Conceito <strong>de</strong> emprega<strong>do</strong>r equipara<strong>do</strong><br />

O conceito <strong>de</strong> emprega<strong>do</strong>r <strong>de</strong>linea<strong>do</strong> no art. 2º, caput, tem como um <strong>do</strong>s seus elementos a<br />

assunção <strong>do</strong>s riscos <strong>de</strong> negócio. O legisla<strong>do</strong>r, no § 1º 236, <strong>de</strong>stacou que, sem exercer ativida<strong>de</strong><br />

econômica, pessoas físicas, associações civis ou mesmo entes da Fe<strong>de</strong>ração (União, Esta<strong>do</strong>s,<br />

Municípios e Distrito Fe<strong>de</strong>ral), que venham a contratar emprega<strong>do</strong>s, po<strong>de</strong>m também ser<br />

emprega<strong>do</strong>res. Não há fim lucrativo, mas permanece o po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> direção e coman<strong>do</strong>, caracterizan<strong>do</strong>os,<br />

igualmente, como emprega<strong>do</strong>res.<br />

A Lei n. 10.256/2001 introduziu no art. 25-A da Lei Previ<strong>de</strong>nciária (Lei n. 8.212/1991) a figura <strong>do</strong><br />

emprega<strong>do</strong>r rural equipara<strong>do</strong>.

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