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Curso_de_direito_do_trabalho(2)

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será consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong> para fins <strong>de</strong> estabilida<strong>de</strong>.<br />

Deixan<strong>do</strong> o exercício da função <strong>de</strong> confiança, po<strong>de</strong>rá ser reverti<strong>do</strong> ao cargo <strong>de</strong> origem.<br />

4.5. In<strong>de</strong>nização na estabilida<strong>de</strong> relativa<br />

Prevê o art. 499, § 2º, da CLT: “Ao emprega<strong>do</strong> <strong>de</strong>spedi<strong>do</strong> sem justa causa, que só tenha exerci<strong>do</strong><br />

cargo <strong>de</strong> confiança e que contar mais <strong>de</strong> 10 (<strong>de</strong>z) anos <strong>de</strong> serviço na mesma empresa, é garantida a<br />

in<strong>de</strong>nização proporcional ao tempo <strong>de</strong> serviço nos termos <strong>do</strong>s arts. 477 e 478”.<br />

O texto <strong>do</strong> § 2º não prevê obstáculo à dispensa, mas somente obrigação <strong>de</strong> pagamento da<br />

in<strong>de</strong>nização, por isto a hipótese é <strong>de</strong>finida como estabilida<strong>de</strong> relativa (sobre a distinção quanto à<br />

estabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong>finitiva vi<strong>de</strong> tópico acima). Este ônus consiste no pagamento <strong>de</strong> in<strong>de</strong>nização <strong>de</strong> um<br />

salário por ano trabalha<strong>do</strong>, <strong>de</strong> forma simples, sem qualquer <strong>do</strong>bra, mesmo com 10 anos <strong>de</strong> emprego.<br />

O cálculo da in<strong>de</strong>nização <strong>de</strong> forma simples se <strong>de</strong>duz da referência aos arts. 477 e 478 da CLT 573.<br />

4.6. Despedida obstativa<br />

A caracterização da <strong>de</strong>spedida obstativa consta <strong>do</strong> art. 499, § 3º, da CLT: “A <strong>de</strong>spedida que se<br />

verificar com o fim <strong>de</strong> obstar ao emprega<strong>do</strong> a aquisição <strong>de</strong> estabilida<strong>de</strong> sujeitará o emprega<strong>do</strong>r a<br />

pagamento em <strong>do</strong>bro da in<strong>de</strong>nização prescrita nos arts. 477 e 478”.<br />

A regra <strong>do</strong> § 3º, acima transcrito, representava um meio <strong>de</strong> coerção para impedir que o<br />

emprega<strong>do</strong>r obstasse o implemento <strong>do</strong>s requisitos da estabilida<strong>de</strong>.<br />

A jurisprudência firmou o entendimento <strong>de</strong> que é obstativa à estabilida<strong>de</strong> a dispensa <strong>do</strong> emprega<strong>do</strong><br />

com 9 anos <strong>de</strong> emprego (este foi, durante muitos anos, o entendimento da Súmula 26 <strong>do</strong> TST,<br />

cancelada pela Resolução n. 121/2003). O cancelamento da súmula não <strong>de</strong>correu <strong>de</strong> mudança da<br />

jurisprudência, mas sim da falta <strong>de</strong> atualida<strong>de</strong> <strong>do</strong> tema, consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong>-se que nenhum trabalha<strong>do</strong>r,<br />

admiti<strong>do</strong> após a Constituição <strong>de</strong> 1988, po<strong>de</strong>rá adquirir estabilida<strong>de</strong> no emprego.<br />

A tese jurispru<strong>de</strong>ncial, contu<strong>do</strong>, continua aceita para as garantias no emprego, ten<strong>do</strong> inclusive<br />

amparo no art. 129 <strong>do</strong> CC/2002:<br />

Reputa-se verificada, quanto aos efeitos jurídicos, a condição cujo implemento for maliciosamente obsta<strong>do</strong> pela parte a quem<br />

<strong>de</strong>sfavorecer, consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong>-se, ao contrário, não verificada a condição maliciosamente levada a efeito por aquele a quem<br />

aproveita o seu implemento.<br />

4.7. Pedi<strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>missão <strong>do</strong> estável<br />

As formalida<strong>de</strong>s quanto ao pedi<strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>missão formula<strong>do</strong> por emprega<strong>do</strong> estável constam <strong>do</strong> art.

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