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Curso_de_direito_do_trabalho(2)

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Não há dúvida quanto a ser <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> o aviso prévio na hipótese <strong>de</strong> rescisão disciplinada pelo art.<br />

481, como já fora consolida<strong>do</strong> pela Súmula 163 <strong>do</strong> TST, pon<strong>do</strong> fim a antigo dissenso <strong>do</strong>utrinário<br />

sobre o assunto.<br />

A divergência prevalece, contu<strong>do</strong>, no tocante ao rompimento antecipa<strong>do</strong> não previsto no contrato<br />

<strong>de</strong> <strong>trabalho</strong>, conforme art. 479 da CLT. Parece-nos que não será <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> o aviso prévio nesta última<br />

hipótese, porque o regramento legal não se coaduna com os rompimentos <strong>do</strong>s contratos por prazo<br />

in<strong>de</strong>termina<strong>do</strong>. O aviso prévio é <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> na hipótese <strong>do</strong> art. 481, pois a in<strong>de</strong>nização <strong>de</strong>ve ser a mesma<br />

que <strong>do</strong>s contratos por prazo in<strong>de</strong>termina<strong>do</strong>, o que não ocorre na regra <strong>do</strong> art. 479. Enten<strong>de</strong>n<strong>do</strong> que o<br />

aviso prévio só é cabível para o rompimento antecipa<strong>do</strong> previsto no art. 481 414.<br />

A redação <strong>do</strong> art. 480, § 1º, impõe ao emprega<strong>do</strong> o pagamento da mesma in<strong>de</strong>nização <strong>de</strong>vida pelo<br />

emprega<strong>do</strong>r, caso tome a iniciativa <strong>de</strong> romper o contrato a termo, ou seja, 1/2 <strong>do</strong>s salários <strong>de</strong>vi<strong>do</strong>s<br />

até o final <strong>do</strong> prazo estipula<strong>do</strong>. Toman<strong>do</strong> o emprega<strong>do</strong> a mesma iniciativa <strong>de</strong> rompimento na<br />

hipótese <strong>do</strong> art. 481, sua manifestação <strong>de</strong> vonta<strong>de</strong> será interpretada como pedi<strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>missão, não<br />

fazen<strong>do</strong> jus, portanto, ao aviso prévio, levantamento <strong>de</strong> FGTS e in<strong>de</strong>nização <strong>de</strong> 40%, só ten<strong>do</strong> <strong>direito</strong><br />

ao 13º salário e férias <strong>do</strong> perío<strong>do</strong> trabalha<strong>do</strong>.<br />

Percebe-se que a hipótese <strong>do</strong> art. 481 é muito mais vantajosa para o emprega<strong>do</strong>, pois este não terá<br />

que in<strong>de</strong>nizar o emprega<strong>do</strong>r, só <strong>de</strong>ixan<strong>do</strong> <strong>de</strong> receber in<strong>de</strong>nização.<br />

JURISPRUDÊNCIA TEMÁTICA<br />

Súmula 125 <strong>do</strong> TST: CONTRATO DE TRABALHO. Art. 479 DA CLT. O art. 479 da CLT aplica-se ao trabalha<strong>do</strong>r optante pelo<br />

FGTS admiti<strong>do</strong> mediante contrato por prazo <strong>de</strong>termina<strong>do</strong>, nos termos <strong>do</strong> art. 30, § 3º, <strong>do</strong> Decreto n. 59.820, <strong>de</strong> 20-12-1966.<br />

Súmula 163 <strong>do</strong> TST: AVISO PRÉVIO. CONTRATO DE EXPERIÊNCIA. Cabe aviso prévio nas rescisões antecipadas <strong>do</strong>s contratos<br />

<strong>de</strong> experiência, na forma <strong>do</strong> art. 481 da CLT.<br />

3. Cessação <strong>do</strong> contrato <strong>de</strong> <strong>trabalho</strong> pela iniciativa <strong>do</strong>s contratantes (com<br />

culpa)<br />

3.1. Justa causa: infrações cometidas pelo emprega<strong>do</strong><br />

3.1.1. Justa causa e falta grave<br />

A <strong>do</strong>utrina costuma distinguir justa causa e falta grave, ainda que alguns apontem as duas<br />

expressões como sinônimas. Majoritariamente, a distinção é aceita. Enten<strong>de</strong>-se por justa causa a<br />

conduta <strong>do</strong>losa ou culposa <strong>do</strong> emprega<strong>do</strong> não estável que justifique o rompimento <strong>do</strong> contrato <strong>de</strong>

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