13.04.2013 Views

QUILOMBO DO CAMPO GRANDE - Quilombo Minas Gerais

QUILOMBO DO CAMPO GRANDE - Quilombo Minas Gerais

QUILOMBO DO CAMPO GRANDE - Quilombo Minas Gerais

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

116<br />

<strong>QUILOMBO</strong> <strong>DO</strong> <strong>CAMPO</strong> <strong>GRANDE</strong><br />

HISTÓRIA DE MINAS QUE SE DEVOLVE AO POVO<br />

acima vão ao arraial do Borba, donde brevemente chegam às<br />

minas gerais do Rio das Velhas”.<br />

“Este caminho da Bahia para as minas é muito melhor<br />

que o do Rio de Janeiro e o da vila de São Paulo, porque,<br />

posto que mais comprido, é menos dificultoso, por ser mais<br />

aberto para as boiadas, mais abundante para o sustento e<br />

mais acomodado para as cavalgaduras e para as cargas” 317 .<br />

“A ligação entre a Bahia e as regiões auríferas foi<br />

muito anterior à descoberta do ouro. Tal ligação foi realizada<br />

de sul para norte, pelas bandeiras paulistas do século<br />

XVII”.<br />

Citando manuscrito anônimo que se encontra nos anais<br />

da Biblioteca Nacional 318 , Mafalda, depois de descrever o roteiro<br />

do “caminho que chamavam Caminho Geral do Sertão”,<br />

arremata:<br />

“Em outro local de suas 'informações', confirmou o<br />

cronista que antes da descoberta das minas já existia o caminho<br />

aberto pelos planaltinos, não tendo os baianos necessidade<br />

de abrirem outro” 319 .<br />

“Em 1720, por carta régia, o rei de Portugal mandou<br />

abrir uma estrada da Bahia para as minas, encarregando<br />

dessa tarefa Antônio Gonçalves Filgueira 320 . Não se tratava,<br />

porém, como querem alguns historiadores, de abrir o primeiro<br />

caminho de ligação da Bahia com as gerais, mas sim, de<br />

estabelecer um caminho mais curto”.<br />

317 Cultura e Opulência do Brasil, p. 186 e 187.<br />

318 v. LVII, p. 172.<br />

319 Portanto, é mesmo absurda a tese dos historiadores “bahianistas”, mistificando e hiperdimensionando o<br />

número das supostas entradas e bandeiras que teriam partido da Bahia para descobrir as <strong>Minas</strong> <strong>Gerais</strong>.<br />

320 Figueira é o nome correto; paulista da bandeira de Fernão Dias; pai de André Gonçalves Figueira, cabeça<br />

dos Motins dos Sertões; foi para a Bahia em 1682/4 juntamente com o também paulista João Amaro Maciel<br />

Parente; depois, em demanda do sul, devassou o território das <strong>Minas</strong> Novas e Serro Frio; fundou as fazendas de<br />

Itaqui, Olho D‟água e Montes Claros; voltou para São Paulo, Bertioga, onde em 1729 era capitão de Infantaria<br />

das Ordenanças; faleceu na Vila de Santos e deixou geração – in Dicionário de Bandeirantes e Sertanistas do<br />

Brasil, p. 165-166 e 24.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!