QUILOMBO DO CAMPO GRANDE - Quilombo Minas Gerais

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QUILOMBO DO CAMPO GRANDE
HISTÓRIA DE MINAS QUE SE DEVOLVE AO POVO
A fuzilaria começou, vinda dos quatro cantos no rumo
do povo do quilombo, incluindo velhos, mulheres e crianças
encantoados no centro do quilombo em fogaréu.
O mundo amanheceu queimando. Caso tenha fugido alguém,
foi voando.
Nenhum quilombo com este nome ou semelhante constou
das posses civis ou eclesiásticas; também os descendentes
de Bartolomeu Bueno não incluíram em suas glórias a destruição
deste Boa Vista. Porém, segundo o mapa do capitão
França, este quilombo existiu. O nome do Quilombo da Boa
Vista II, portanto, só constou do mapa do capitão França. Suas
200 casas, considerados seis habitantes por casa, traduziriam
uma população de 1200 pessoas.
Aqui também se despojaram os cadáveres, cortando-se
as orelhas dos pretos. Os poucos brancos, dez ou doze, foram
enterrados num buraco só. Imensa vala se abriu para enterrar
também os pretos pelados e sem orelhas, pois, sendo o Boa
Vista, caminho entre a Conceição de São Pedro e São João e
Almas, Bartolomeu Bueno fora muito recomendado a esconder
dos urubus esta imundície e fetidez. O vento parou e a
tropa se foi para oeste.
Quando o sol do meio dia botou sombras debaixo das
coisas, a tropa de Bartolomeu Bueno cercou o Arraial de São
João do Jacuí, composto de uma capela e umas trinta ou quarenta
casas esparramadas nas duas margens do agora rio, São
João do Jacuí.
Bartolomeu Bueno mandou distribuir muita cachaça e
fumo aos soldados-do-mato. Depois, mandou salgar e fazer
curtume nas mais de duas mil orelhas que tomou dos capitãesde-mato.
Passou o resto do dia a confabular com seus parentes
a quem o cabo-de-esquadra Alexandre Rodrigues contou porque
foi que teve de substituir Diogo Bueno da Fonseca na
guarda destas paragens até a Ibituruna e Cafundó.
Ao dia seguinte, Bartolomeu ordenou ao cabo-deesquadra
que fosse comunicar ao som de caixas, aos mineiros
brancos que encontrasse no córrego do Ouro, Fanqueiro e ri-