QUILOMBO DO CAMPO GRANDE - Quilombo Minas Gerais

QUILOMBO DO CAMPO GRANDE
HISTÓRIA DE MINAS QUE SE DEVOLVE AO POVO
Estimamos que a população mínima desse primeiro
Campo Grande, com seis ou sete núcleos, seria de cerca de
4.500 almas, sendo mais da metade de mulheres e crianças.
Na luta de 24 horas contra os “cento e tantos” negros
do quilombo pequeno, “foram mortos vinte e tantos negros e
sessenta e tantos foram feitos prisioneiros, além de grande
número de negras”.
Na luta de sete horas contra o Quilombo Grande, “foi
grande a mortandade” e “muitos foram feitos prisioneiros”,
segundo Waldemar de Almeida Barbosa. O historiador de
Oliveira, Luiz Gonzaga da Fonseca, registra a rendição de
cento e vinte chefes nessa batalha. Ora, se cada chefe liderava
30 pretos, formavam então um exército de 3.600 homens.
Provavelmente, não tenham sido envolvidas apenas as populações
dos dois quilombos, mas as populações de muitos outros
quilombos reunidas em praça de guerra no Palanque e,
depois, na Primeira Povoação do Ambrósio.
O documento no qual se baseou Luiz Gonzaga Fonseca
deve ter sido a carta que, em 1793, a Câmara de Tamanduá
enviou à rainha Maria I:
“(...) o que previsto pelo dito excelentíssimo general
pela ordem de primeiro de julho e bando do primeiro de julho
(sic) de mil setecentos e quarenta e seis determinou um esquadrão
de dez companhias com perto de trinta homens cada
uma e por chefe o capitão de cavalaria auxiliar Antônio João
de Oliveira e para o bastimento, munições e armas e mais
postos militares subsidiaram com setecentos e cinqüenta mil
réis as câmaras de Vila Rica, Sabará, São João Del Rei e São
José, marchando com fiéis guias o esquadrão e o capitão
Manoel de Souza Portugal 1479 acometeram ao grande Quilombo
do Ambrósio e depois de sete horas de um vigoroso
combate e violento fogo com morte do dito Ambrósio intitulado
rei e de outros muitos, se renderam e ficando prisioneiros
1479 Camarista e capitão que serviu em Pitangui no ano de 1753, in Pesquisando a História de Pitangui, p.
265.
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