QUILOMBO DO CAMPO GRANDE - Quilombo Minas Gerais

650
QUILOMBO DO CAMPO GRANDE
HISTÓRIA DE MINAS QUE SE DEVOLVE AO POVO
Freire de Andrade informava que até então, “não mandei mais
que cento e dezessete bestas com mantimentos” 1851 .
Armas Utilizadas pelos Calhambolas
A preocupação do governador e o grande arsenal utilizado
pelos atacantes fazem crer que os calhambolas, desta feita,
deviam estar muito bem armados com armas de fogo de
toda a espécie e munição. Isto explica a preocupação do governador
em sua carta de 23 de outubro de 1760, com as vendas:
“E porque me consta que são os vendeiros e os taverneiros
(...) que amparam os negros calhambolas e mais escravos
de forma que (..) as mesmas vendas e tavernas os recolhem
em suas casas para lhes comprarem os furtos e lhes venderem
o que querem os mesmos negros, ainda que seja pólvora e
chumbo (...) 1852 .
Geografia dos Fatos
O presente reestudo da geografia dos ataques de 1759
aos quilombos do Triângulo Goiano pôde contar com novas
fontes: a) a toponímia preservada nos mapas topográficos de
toda a região, escala 1:100 000, IBGE, 1970, e escala 1:250
000, IBGE, 1974; b) texto do diário, roteiro, mapa e croquis
de quilombos do documento “Notícia Diária e Individual” da
expedição empreendida por Inácio Correia Pamplona à região
a 18 de agosto de 1769 1853 ; c) mapa do “Julgado das Cabeceiras
do rio das Velhas e parte da Capitania de Minas Gerais”,
demonstrando de forma favorável a Minas, a divisa com a
1851 Verbete nº. 6068 do IMAR/MG, Cx. 74, Doc. 45 do AHU, confirmado em COD`-SC 110 do APM, publi-
cado em Cadernos de Arquivo-1-1, APM-1988, p. 48.
1852 APM SC 130, fls. 55v e 56.
1853 Anais da Biblioteca Nacional, v.108, ano 1988, Rio de Janeiro, 1992.