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QUILOMBO DO CAMPO GRANDE - Quilombo Minas Gerais

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<strong>QUILOMBO</strong> <strong>DO</strong> <strong>CAMPO</strong> <strong>GRANDE</strong><br />

HISTÓRIA DE MINAS QUE SE DEVOLVE AO POVO<br />

niquistas. Exemplos: João Dornas, Diogo de Vasconcelos, Joaquim<br />

Felício dos Santos etc. Era muito comum na época, o<br />

historiador, escrevendo folhetins para seus leitores, registrar<br />

frases do tipo: “Tenho em mãos um documento, um antigo<br />

manuscrito” etc; porém, a não ser eles mesmos, ninguém jamais<br />

viu tais documentos ou manuscritos. Ou então, inventavam<br />

uma história e diziam tratar-se de uma “lenda mineira”<br />

muito antiga. Porém, verificada junto ao povo, a evidência levantada<br />

sempre foi a de que tal “lenda” nunca existiu.<br />

Sob a direção e redação de Augusto de Lima Jr., a Revista<br />

do Archivo Público Mineiro, v. 9, publicou em 1904, um<br />

artigo supostamente escrito em 1900 pelo agora conhecido<br />

Carmo Gama, intitulado <strong>QUILOMBO</strong>LAS - Lenda Mineira<br />

Inédita. O autor disse ter-se baseado no manuscrito “Apontamentos<br />

Geográficos e Históricos por Janoário Pinto Moreira”<br />

que lhe havia sido dado por um padre amigo de nome Euzébio<br />

Nogueira Penindo. Trata-se do mais antigo artigo que<br />

encontramos sobre o <strong>Quilombo</strong> do Ambrósio. Este artigo, verificado<br />

por nós, realmente apresenta alguns indícios vagos no<br />

confronto documental; porém, quanto à geografia e às datas<br />

dos fatos, o próprio autor informa desconhecê-las, “optando”<br />

pela região de Araxá e pelo final do século XVIII, começo do<br />

XIX 809 . Daí, talvez a cegueira dos historiadores mineiros e a<br />

insistência em dizer – até contra as provas documentais - que<br />

o <strong>Quilombo</strong> do Ambrósio só existiu na região de “Araxá” 810 .<br />

Contra-atacando, o monarquista Diogo de Vasconcelos,<br />

na mesma época, tratou logo de noticiar sobre outra “lenda”<br />

que, como se fosse História, estranhamente colocada como<br />

“nota de rodapé”, registrou em seu “História Antiga de<br />

<strong>Minas</strong> <strong>Gerais</strong>”, publicado também em 1904, qual seja, a Lenda<br />

do Chico Rei 811 . Em todo o nosso trabalho de pesquisa documental<br />

e junto à tradição popular, nada encontramos sobre<br />

809 Ver “anexo 1”, intitulado “Estudos Críticos”, ao final do livro.<br />

810 Revista do Archivo Público Mineiro, v.9, p. 827 a 866.<br />

811 História Antiga de <strong>Minas</strong> <strong>Gerais</strong>, de Diogo de Vasconcelos, 1ª edição, 2º v., 1904, p.163, Nota de Rodapé<br />

nº 19.

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