13.04.2013 Views

QUILOMBO DO CAMPO GRANDE - Quilombo Minas Gerais

QUILOMBO DO CAMPO GRANDE - Quilombo Minas Gerais

QUILOMBO DO CAMPO GRANDE - Quilombo Minas Gerais

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

428<br />

<strong>QUILOMBO</strong> <strong>DO</strong> <strong>CAMPO</strong> <strong>GRANDE</strong><br />

HISTÓRIA DE MINAS QUE SE DEVOLVE AO POVO<br />

do-mato, carijós, negros forros e mulatos e atacasse os quilombos<br />

de Susuhy e Peropeba. Não encontramos maiores notícias<br />

desta batalha, porém, esses quilombos (que não eram<br />

quilombos e sim arraiais de paulistas e pretos forros) localizavam-se<br />

nos atuais territórios dos municípios de Entre Rios de<br />

<strong>Minas</strong>, São Brás do Suaçuí e Queluzita, portanto, dentro das<br />

fronteiras mineiras pacíficas de então 1176 .<br />

O prof. Waldemar de Almeida Barbosa registrou o seu<br />

entendimento das razões iniciais alegadas pelas autoridades:<br />

“Em 1741, as reclamações foram insistentes, contra os<br />

negros fugidos e os insultos que praticavam. Foi quando o<br />

governador baixou um bando, ordenando 'a todos os capitães-mores<br />

e mais oficiais de milícia do Distrito do Sertão das<br />

Contagens para fora 1177 que, tendo notícia de que os ditos negros<br />

quilombolas se achavam em algumas paragens arranchados<br />

ou em outra qualquer parte onde façam dano com<br />

seus roubos e malefícios, ponham todo cuidado e diligência<br />

em os prender, forçando-os com gente e seguindo-os até com<br />

efeito os amarrarem todos; e caso os ditos negros se ponham<br />

em resistência os atacarão com fogo, obrigando-os a que se<br />

rendam por força das armas” 1178 . Como se vê, a determinação<br />

segue na íntegra os considerandos e regulamentações da<br />

nova Lei da Marca em “F”.<br />

“Nesse mesmo ano, Gomes Freire de Andrada divulgou,<br />

em bando, o alvará régio de 3 de março, determinando que,<br />

aos negros 1179 que forem aprisionados em quilombos 'se ponha<br />

com fogo uma marca em uma espádua com a letra “F”<br />

que, para este efeito, haverá nas Câmaras; e se quando se for<br />

1176 Carta da Câmara de Tamanduá, Revista do Archivo Público Mineiro, ano II, 1897, p. 376. Abolição em<br />

<strong>Minas</strong>, Oíliam José, Itatiaia, 1962, p. 56, citando APM, SC, Cód. 67, SG, fls. 69, APM. <strong>Quilombo</strong> do Campo<br />

Grande, p. 213-214.<br />

1177 Provavelmente, região de São José Del Rei a Tamanduá.<br />

1178 Negros e <strong>Quilombo</strong>s em <strong>Minas</strong> <strong>Gerais</strong>, p. 62, citando SCAPM, Cód. 69, fl. 22.<br />

1179 Não diferencia se forros ou escravos, anotamos na edição de 1995 e acertamos na mosca.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!