QUILOMBO DO CAMPO GRANDE - Quilombo Minas Gerais

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QUILOMBO DO CAMPO GRANDE
HISTÓRIA DE MINAS QUE SE DEVOLVE AO POVO
processo de justificação no ano de 1800, nunca passou de um
assassino sanguinário que fazia qualquer coisa por dinheiro e
para ficar ao lado do poder constituído, inclusive matar compatriotas
e cortar 3.900 pares de orelhas para se locupletar ou
se exibir perante o governador reinol.
Motins mais acirrados e com maior contingente do que
os de Pitangui, pois envolveram todo o Norte de Minas, foram
os posteriores Motins dos Sertões, onde ressalta a figura da
heroína Maria da Cruz e de seu filho Pedro Cardoso, o primeiro
herói antiopressão tributária, no caso o imposto da capitação
geral. Os historiadores bahianistas não têm mais como
dissimular fato tão importante para a História de Minas. Esses
episódios precisam ser mais bem estudados e levados às nossas
crianças.
Campo Grande –X– A Revolta de Felipe dos Santos
Essa revolta, que deveria se chamar a Revolta de Pascoal
da Silva Guimarães, também teve como motivação apenas
a ambição e a cobiça revestidas do desejo de não pagar os
impostos reais, onde os ricos usaram os pobres como massa
de manobra. Felipe dos Santos e Tomé Afonso - que eram
portugueses e muitos mineiros não sabem disto - foram apenas
bodes expiatórios da arraia miúda reinol a pagar pela sede
de poder das elites. Os potentados lusitanos se fizeram fortes e
ousaram contestar o rei, tão-somente por possuírem grande
escravaria a qual armaram e intentaram contra o poder constituído.
A gentalha envolvida, moradora no morro, teve a sua
povoação incendiada por Assumar, sendo tratada, portanto,
como “um quilombo de brancos, tão pernicioso como o de
pretos”. Mas ninguém fala dessa gentalha, a não ser dos heróicos
reinóis Felipe e Tomé que, como tal, deveriam ser mais
lembrados.