QUILOMBO DO CAMPO GRANDE - Quilombo Minas Gerais

QUILOMBO DO CAMPO GRANDE
HISTÓRIA DE MINAS QUE SE DEVOLVE AO POVO
Os Heróis de Joaquim Felício dos Santos
“Nasceu Felício dos Santos na Vila do Príncipe em
1828. Recebeu as primeiras letras na Comarca do Serro do
Frio, seguindo depois para Congonhas do Campo a fim de
concluir o curso fundamental, após o que rumou para São
Paulo, onde estudou Direito. “Nas arcadas do velho convento
do Largo de São Francisco foi contemporâneo a José de Alencar”.
“Formando-se em 1850, regressou a Diamantina onde
praticou a advocacia e o ensino”.
“Em 1860 nasceu “O Jequitinhonha”, periódico do
qual Felício dos Santos foi o redator principal. Começou, em
1862, a publicar nesse semanário, vários artigos sobre o Distrito
Diamantino” 2576 .
Posteriormente, os artigos de Felício sobre o Distrito
Diamantino foram reunidos no livro Memórias do Distrito
Diamantino e publicados pela Tipografia Americana no Rio
de Janeiro em 1868.
A conexão de Felício com o poder dominante da época
é evidente: ex-acadêmico do Largo de São Francisco, maçom
e senador pelo Império.
Ao escrever as Memórias do Distrito Diamantino, Felício
entrou em contato com a história de sua gente mineira;
isto fez com que se apaixonasse pela sua história e pelos seus
heróis, onde se destacam José Basílio, capitão Isidoro 2577 e
João Costa.
O primeiro, José Basílio, era um cabra garimpeiro, autor
de heróicas peripécias mil 2578 ; o segundo, capitão Isidoro,
“um pardo alto corpulento, valente, intrépido”, fora escravo
do frei Rangel e, fugido, se tornou líder garimpeiro, dedicando
sua vida a ajudar os pobres e a lutar contra a Intendência
2576 Mário Guimarães Ferri, em apresentação ao “Memórias do Distrito Diamantino”, p. 9.
2577 IMAR/MG, Cx. 149, Doc. 5, do AHU.
2578 Memórias do Distrito Diamantino, p. 161-166.
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