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QUILOMBO DO CAMPO GRANDE - Quilombo Minas Gerais

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<strong>QUILOMBO</strong> <strong>DO</strong> <strong>CAMPO</strong> <strong>GRANDE</strong><br />

HISTÓRIA DE MINAS QUE SE DEVOLVE AO POVO<br />

no sertão do Piumbi e cabeceiras do São Francisco” 1774 . A<br />

expressão “sertão do Piumbi” indica a margem direita das cabeceiras<br />

do rio de São Francisco, eliminando a possibilidade<br />

de se estar referindo ao Ambrósio de Ibiá.<br />

Foi para esse ataque que o governador, “no dia 6 de<br />

dezembro de 1758, escreveu à Câmara de São João Del Rei<br />

comunicando o pedido de 20 canoas feito por Diogo Bueno<br />

que estava organizando uma expedição ao Campo Grande”<br />

1775 .<br />

Como ficou provado, Diogo Bueno não utilizaria canoas<br />

para atacar o <strong>Quilombo</strong> do Ambrósio de Ibiá, a não ser que<br />

após atravessar o São Francisco, as carregasse nas costas.<br />

Não se têm maiores notícias do resultado do ataque de<br />

Diogo Bueno às Relíquias do <strong>Quilombo</strong> do Ambrósio. Mas<br />

está provado documentalmente que Diogo Bueno nunca esteve<br />

no Ambrósio de Ibiá, sendo provável que sua expedição às<br />

“relíquias” só tenha ocorrido depois de 6 de dezembro de<br />

1758. A época das águas, sendo um ataque fluvial, era a mais<br />

adequada para a expedição de Diogo Bueno.<br />

O acesso via fluvial à região da Povoação do Ambrósio,<br />

<strong>Quilombo</strong> o Fala (Aguanil, Cristais e Guapé) e <strong>Quilombo</strong> da<br />

Pedra (Alpinópolis), entre outros, é confirmado pela descrição<br />

feita pelo escrivão de Diogo Bueno, cuja expedição esteve nos<br />

mesmos locais no período de 20 de outubro a 13 de novembro<br />

de 1760 – após Bartolomeu ter atacado o Ambrósio de Ibiá<br />

em 1759 - como abaixo se transcreve.<br />

“E chegamos à Santana das Lavras do Funil em quinze<br />

de outubro próximo passado; daí partimos em canoas pelo<br />

rio Grande abaixo no dia vinte de outubro passado e chegamos<br />

à cachoeira da serra das Esperanças aos vinte e cinco do<br />

dito mês. Trinta léguas para mais ou menos”.<br />

Diogo Bueno da Fonseca e Bartolomeu Bueno do Prado,<br />

em 1760, assinariam o documento acima juntamente com ou-<br />

1774 Dicionário de Bandeirantes e Sertanistas do Brasil”, p. 169.<br />

1775 A Negação da ordem Escravista”, p. 81, citando Cód. 123, SCAPM, p. 27v e 28.

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