QUILOMBO DO CAMPO GRANDE - Quilombo Minas Gerais

QUILOMBO DO CAMPO GRANDE
HISTÓRIA DE MINAS QUE SE DEVOLVE AO POVO
rias geradas pelo trabalho de mineração, o escravocrata se
miscigenava, cada vez mais, com a raça que escravizava. Os
homens-bons tentaram, então, dar um basta àquele estado de
coisas:
“Portanto, pareceu ao Conselho que V. Majestade se
sirva de mandar passar ordem ao governador das Minas pela
qual se lhe declare que não possa daqui em diante ser eleito
vereador, ou juiz ordinário, nem andar na governança das
vilas daquela capitania homem algum, que seja mulato dentro
nos quatro graus em que o mulatismo é impedimento e que da
mesma sorte não possa ser eleito o que não for casado com
mulher branca, ou viúvo dela, e que mande esta ordem aos
ouvidores, para que a façam registrar nos livros das câmaras,
e nos das suas ouvidorias, recomendando-lhe que ponha
mui especial cuidado na sua observância. (...). Lisboa Ocidental
25 de setembro de 1725.
Antônio Rodrigues da Costa (mais 4 assinaturas).
Despacho do Conselho Ultramar:
Representa-se a S. Majestade que será conveniente
mandar passar ordem ao governador das Minas, para que
não possa daqui em diante ser eleito vereador, ou juiz ordinário;
nem andar na governança das vilas daquela capitania,
homem algum que seja mulato dentro nos quatro graus em
que o mulatismo é impedimento; e que da mesma sorte não
possa ser eleito o que não for casado com mulher branca, ou
viúvo dela” 2501 .
A intenção legis acima se alastrou em grosso tecido.
“Senhor. Aviso do secretário de Estado Diogo de Mendonça
Corte Real ao conselheiro José de Carvalho Abreu: é
V. Majestade servido que vendo-se no Conselho a representação
inclusa em que (...) os muitos inconvenientes que há nos
casamentos que se fazem nas Minas de brancos com as negras
e se lhe consulte com brevidade o que parecer.
2501 Verbete nº. 0641 do IMAR/MG, 25 de setembro de 1725, C. 7, Doc. 26, AHU.
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