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QUILOMBO DO CAMPO GRANDE - Quilombo Minas Gerais

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<strong>QUILOMBO</strong> <strong>DO</strong> <strong>CAMPO</strong> <strong>GRANDE</strong><br />

HISTÓRIA DE MINAS QUE SE DEVOLVE AO POVO<br />

Como se vê, o número de brancos sempre foi mesmo<br />

muito diminuto. Porém, a política escravocrata era “sábia”:<br />

para manter o sistema, o número de homens e mulheres livres,<br />

mesmo à custa de alforrias aos negros e pardos, era sempre<br />

maior do que o de escravos. De resto, era só fomentar a deslealdade<br />

e a falta de solidariedade entre “minas” e bantus, entre<br />

os forros e cativos e entre negros e pardos. A isto, conforme<br />

abordaremos oportunamente, chamamos de causas do atual<br />

“efeito pardismo” que até aos nossos dias ainda assola a sociedade<br />

brasileira.<br />

Precisamos também corrigir nosso pensamento sobre a<br />

história do negro na Brasil: estudar somente o escravo não exaure<br />

o estudo do negro, pois como se vê nas estatísticas, a<br />

maioria da população livre era composta de gente preta 721 ,<br />

muitos também senhores de escravos e/ou agentes da segurança<br />

e da manutenção do próprio sistema escravista. A sociologia<br />

brasileira, neste ponto, tem sido majoritariamente falha e<br />

omissa.<br />

Finalmente, apesar de todos nós mineiros termos “uma<br />

avó índia apanhada a laço” é de se considerar e anotar a ausência<br />

da classificação, em meio à população tabulada, dos<br />

índios mineiros. Geralmente, segundo consta, estão contados<br />

entre os brancos. De uma forma ou de outra, conforme já assinalamos<br />

anteriormente, a população indígena em <strong>Minas</strong> <strong>Gerais</strong><br />

- mansos ou selvagens - era ínfima e a sua consideração<br />

numérica acusaria ínfimos percentuais estatísticos em relação<br />

à população total.<br />

Pardos e Negros Forros ou Libertos<br />

É evidente que os negros e pardos, quando livres ou<br />

libertos, conseguiam ter mulheres, pois muitos, por um golpe<br />

de sorte ou por proteção, principalmente os pardos filhos de<br />

721 No percentual de 57,5% do total de livres em 1821. Obs. Não confundir com os percentuais da população<br />

livres+escravos.<br />

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