QUILOMBO DO CAMPO GRANDE - Quilombo Minas Gerais

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QUILOMBO DO CAMPO GRANDE
HISTÓRIA DE MINAS QUE SE DEVOLVE AO POVO
quilombos avaliavam-se por dezenas e, destes, eram quatro
fortíssimos por natureza, populosos como vilas, quais foram
as do Ambrósio, do Zundu, do Careca e do Calaboca, situados
além e aquém do Sapucaí” 1685 .
Como se viu, após o ataque o padre teria ido para Paracatu.
Antes, estava dentro dos limites do antigo Triângulo
Goiano, hoje, Mineiro, próximo da região do Quilombo do
Ambrósio indicado por Inácio Correia Pamplona em 1769 1686 .
O dr. Leopoldo Corrêa noticiou “as aventuras do padre
Marcos”, onde menciona a matéria acima, conotando-a com
referência de 1747 ao caminho do ribeirão do Gama, que era o
mesmo no qual “por aonde algum tempo se ia para o Quilombo,
onde o padre Marcos pediu terras para cultivar
(1747)”, bem como, que “o padre não pôde aí permanecer
por causa dos quilombolas, e, só voltou à sesmaria em
1766” 1687 .
Waldemar de Almeida Barbosa, falando de Piumhi, informa
que “em 1752, intensificou-se a mineração e, provavelmente,
iniciou-se o arraial. Nesse ano, aí esteve o pe. Marcos
Freire de Carvalho, que ainda agia como emissário de
Mariana, tendo tomado posse do Piuí para aquele bispado
(cônego Trindade ob. cit.)” 1688 .
Em 23 de julho de 1759, sabedor de que o padre Marcos
estava no lugar chamado Batalha, o bispo frei dom Manuel de
Mariana escreveu carta para o vigário de Paracatu, Antônio
Mendes Santiago, onde reconheceu a jurisdição do Bispado de
Pernambuco naquele lugar, denunciou que o padre Marcos
Freire havia furtado uma mulher casada em Pitangui e pediu
ao vigário geral que prendesse a ambos e que castigasse aquele
padre “como merecesse, ou com piedade” 1689 . Nesta carta, o
1685 “História Média de Minas Gerais”, reedição 1918-1974, p. 184.
1686 Ver mapa Divisões Administrativas de Minas-Goiás 1780, José Joaquim da Rocha.
1687 Achegas à História do Oeste de Minas – Formiga e Municípios Vizinhos, 1993, p. 208-209, confere com
a Revista do Archivo Público Mineiro, v. 14, 1909, p. 150-151.
1688 Dicionário Histórico e Geográfico de Minas Gerais, p. 370.
1689 Instituições do Bispado de Mariana, p. 340.