QUILOMBO DO CAMPO GRANDE - Quilombo Minas Gerais

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QUILOMBO DO CAMPO GRANDE
HISTÓRIA DE MINAS QUE SE DEVOLVE AO POVO
tódio Torres de Lima, entre o ribeirão Santa Ana e o Pouso
Alegre; Antônio Medeiros Rosa, entre as terras de Miguel Vieira
e as de Antônio de Mendonça; Antônio José (sic) de Oliveira,
no ribeirão de São Miguel, vertentes do rio São Francisco;
Geraldo de Oliveira, idem; João Roiz de Souza, Freguesia
de Santana do Bambuí, termo de São Bento do Tamanduá;
Sebastião Dias dos Reis, na paragem chamada Guritas;
Frutuoso Domingues, na Freguesia de Santana do
Bambuí” 2319 .
c) Paragens identificadas como Quilombo do Ambrósio:
Além das que já foram citadas, em todas as 22 sesmarias
concedidas a Inácio Correia Pamplona, a seus companheiros e
a seus filhos e filhas, em 1º de dezembro de 1767, é mencionado
Quilombo do Ambrósio e serra da Marcela 2320 . A ligação
de Pamplona, um dos traidores da Inconfidência, com a conquista
do Campo Grande, pode ser através do padre João Correia
de Melo 2321 , possivelmente, seu parente.
Estavam assim consumados os objetivos do intento
dos homens-bons de massacrarem os pretos e gentalhas que
habitavam o Campo Grande. Antes, eram de cerca de 10 mil,
podendo chegar a 15 mil habitantes. Após o massacre final,
em 1760 ou 1763, o capitão França dá notícia de que “já a esta
Crisma próxima passada se desobrigaram mil e cem pessoas,
pouco mais ou menos” 2322 .
A intenção de Gomes Freire, novamente integrado ao
poder, como sempre, devia ser outra.
O custo da operação, em ouro, fora de pouco mais de
15 quilos. Os lucros obtidos, somente no que se referem às
tomadias legais [por cabeça/par de orelhas de negros mortos e
2319 Todos os nomes, com indicação documental do AJP, estão registrados em A Decadência das Minas e a
Fuga da Mineração, de Waldemar de Almeida Barbosa, BH, 1971.
2320 Negros e Quilombos em Minas Gerais, p. 34.
2321 O padre-bandido (depois inconfidente) protegido de Pamplona chamava-se Carlos Correia de Toledo e
Melo. O pai de Pamplona, no entanto, chamava-se Manoel Correia de Melo. Ver A Decadência das Minas e a
Fuga da Mineração, p. 122 e 137.
2322 Texto do mapa do Campo Grande.