QUILOMBO DO CAMPO GRANDE - Quilombo Minas Gerais

QUILOMBO DO CAMPO GRANDE
HISTÓRIA DE MINAS QUE SE DEVOLVE AO POVO
tade dizer o que tinha que dizer lhe o fosse comunicar ao secretário
de Estado”.
“Esta mudança no ministério ninguém o esperava, à vista
da grande união que havia no rei atual com os três mencionados
governadores, que se pode chamar interregno de 8
anos e 2 meses, mas agora se descobre que a amizade do rei
presente com eles enquanto príncipe era só aparente, para,
por este caminho alcançar dinheiro para suas necessidades
(...) e agora se acabou esta dependência, (...)” 1605 .
O povo não perdeu chance:
“Quem destruir-nos idéia ? – Gouveia 1606 .
Quem merece a Inquisição ? – Gusmão.
Quem o deve acompanhar ? – Gaspar.
Pois, meu Rei, acautelar!
Olho aberto, e vede bem
Que no Reino não convém
Gouveia, Gusmão, Gaspar” 1607 .
Os parasitas de dom João V fizeram beicinhos, simularam,
tentaram de tudo para voltar ao poder, mas continuaram
rechaçados 1608 .
O homem que, aos poucos, assumiria o poder quase
total seria outro: Sebastião José de Carvalho e Melo, conde de
Oeiras, futuro marquês de Pombal.
O competente Pombal percebeu imediatamente que a
causa geradora dos “quilombos” era o tributo da capitação.
Assim, a 3 de dezembro de 1750, mandou extinguir essa forma
de tributo, mandando reiniciar, a partir de 1 o de agosto de
1605 Carta datada de 15 de agosto de 1750, de Francisco Xavier Hocqueler para Pedro e Guilherme Rahneyer,
dando-lhes notícias do Reino, in Alexandre de Gusmão e o Tratado de Madrid (1750), Parte II, Tomo II, Do-
cumentos Biográficos, p. 224.
1606 Marquês de Gouveia, dom José de Mascarenhas.
1607 Jaime Cortesão – Alexandre de Gusmão e o Tratado de Madrid, Parte I, Tomo II, p. 434.
1608 Carta datada de 15 de agosto de 1750, de Francisco Xavier Hocqueler para Pedro e Guilherme Rahneyer,
dando-lhes notícias do Reino, in Alexandre de Gusmão e o Tratado de Madrid (1750), Parte II, Tomo II, Do-
cumentos Biográficos, p. 235.
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