QUILOMBO DO CAMPO GRANDE - Quilombo Minas Gerais

QUILOMBO DO CAMPO GRANDE
HISTÓRIA DE MINAS QUE SE DEVOLVE AO POVO
narem outra vez estes distritos de calhambolas, Vossa Mercê
ordenará aos capitães dos distritos da Lapa, Santa Luzia,
Curral Del Rei, Peropeba, Roça Grande e ao sargento maior
José Correia Villasboas para que cada um dos seus distritos
alistem logo os mulatos forros e crioulos capazes de pegarem
em armas e, ponde-lhes alguns soldados das ordenanças para
lhes servirem de cabos e os governarem, formem patrulhas de
mais de 15 soldados e com eles mandem patrulhar os seus
distritos; e, encontrando calhambolas pratiquem com eles o
que S. Maj.e. manda na Lei dos Quilombos” 1837 .
Protagonistas quilombolas
O Rei Ambrósio pode não ter morrido no ataque de
1746, pois que, pouco tempo depois, surgiria um segundo núcleo
quilombola com o seu nome, qual seja o Quilombo do
Ambrósio-II, na região de Ibiá e Campos Altos. Há também a
hipótese de que a nova capital recebeu seu nome apenas numa
homenagem póstuma, o que, apesar de não conferir com a
tradição encontrada na região de Ibiá, não se pode descartar
em que pesem os inúmeros quilombos – a exemplo do Cascalho
e São Gonçalo – que, mudando de lugar, mantiveram seus
nomes. De uma forma ou de outra, não consta registro de que
Ambrósio ainda estivesse vivo no ataque de 1759 feito por
Bartolomeu Bueno. Muitos outros líderes, no entanto, apesar
das pouquíssimas informações, merecem ser destacados:
1 – O primeiro prisioneiro do Campo Grande, segundo
carta que, de Sabará, escreveu o governador José Antônio em
10 de setembro de 1759 ao capitão Manoel da Costa Gouveia,
foi Antônio Angola: “Na cadeia desta vila se acha preso à
minha ordem, parece-me que mandado pelo capitão Antônio
Francisco França, um negro por nome Antônio Angola, escravo
que havia sido de Manoel Nogueira e, como a este de-
1837 APM-SC 123 p. 98v e 99.
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