QUILOMBO DO CAMPO GRANDE - Quilombo Minas Gerais

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QUILOMBO DO CAMPO GRANDE
HISTÓRIA DE MINAS QUE SE DEVOLVE AO POVO
tribuição em ouro, “além das duas porções com que nos dois
anos antecedentes tinham assistido”, pois, para esta diligência
“se deviam fornecer três armazéns com mantimentos para eles
em diferentes sítios” situados em locais estratégicos no roteiro
da expedição 1867 .
O armazém principal deve ter sido a própria casa do capitão
Antônio Francisco França, na Soledade, visto que, de
Vila Rica, o governador escreveu em 27 de julho de 1759 ao
capitão-mor José da Silva Pontes, mandando-o “pôr prontos
dez capitães-do-mato, (...) homens mateiros capazes de conduzir
um comboio de bestas (...) ao Piauhi a conduzir mantimentos
para expedição do quilombo, cujo devem estar sem
falta nenhuma no sítio da Soledade, em casa do capitão Antônio
Francisco França, no dia seis do mês que vem, cuja diligência
mandará Vossa Mercê pôr pronto um cabo-deesquadra
da cavalaria da companhia do capitão Roque de
Souza Garçom, dos de melhor nota e capacitação”.
Evidência de que as informações não eram totalmente
abertas a qualquer um se contém na assertiva de que “um só ...
os devem conduzir os ditos homens ao sítio da Soledade e entregar
ao capitão Antônio Francisco França aonde achará o
dito cabo as ordens do que deve executar” 1868 .
O segundo entreposto ou armazém, como se vê acima,
sem dúvida, é o próprio Piuí, acampamento onde se acantonaram
as tropas de Bartolomeu Bueno do Prado 1869 .
O terceiro entreposto ou armazém, ficaria no Arraial da
Conceição, visto que em 8 de junho de 1759, o governador
José Antônio escreveu para o “capitão Felipe Roiz Valença”
instruindo-o de que “como para a expedição do quilombo é
preciso passarem-se alguns mantimentos para o Arraial da
1867 SC-123, p. 76 e v.
1868 APM-SC 123, p. 85.
1869 O que se confirma em APM-SC 123, p. 125v, onde, após as primeira batalhas do Triângulo Goiano, o
governador mostra preocupação de estarem os negros aprisionados sem mantimentos.