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QUILOMBO DO CAMPO GRANDE - Quilombo Minas Gerais

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<strong>QUILOMBO</strong> <strong>DO</strong> <strong>CAMPO</strong> <strong>GRANDE</strong><br />

HISTÓRIA DE MINAS QUE SE DEVOLVE AO POVO<br />

noraram a contribuição da cultura mineira, uma vez que subestimaram<br />

a importância da descoberta do ouro e, simplesmente,<br />

olvidaram a importância do século XVIII, que foi o<br />

século das <strong>Minas</strong> <strong>Gerais</strong>. Ora, nas <strong>Minas</strong> dos anos setecentos<br />

não havia regularmente sequer a casa grande e, tampouco, a<br />

senzala. Os dois grandes sociólogos, ou historiadores étnicos,<br />

para escrever sobre a cultura negra do Brasil, abordaram os<br />

séculos XIV, XV, XVI, XVII, “pularam” muitos fatos importantes<br />

do século XVIII, e terminaram suas abordagens, fechando<br />

conclusões nos séculos XIX e XX. Muitas de suas<br />

respeitadíssimas conclusões, portanto, padecem desta deficiência,<br />

sem prejuízo de suas obras, que não se resumem apenas<br />

aos livros citados e que são verdadeiros monumentos à crônica<br />

nacional. Assim também são praticamente todos os estudos<br />

e obras sobre a História e a Sociologia brasileiras; por exemplo,<br />

Raymundo Faoro, em Os Donos do Poder (dois Volumes),<br />

apresenta a seguinte seqüência: IV O Brasil até o Governo<br />

Geral; V A Obra da Centralização Brasileira; VI Traços<br />

<strong>Gerais</strong> da Organização administrativa, Social, Econômica e<br />

Financeira da Colônia; VII Os Pródromos da Independência;<br />

VIII Diretrizes da Independência, ou seja, o século XVIII e as<br />

<strong>Minas</strong> <strong>Gerais</strong>, segundo se depreende do livro desse autor, em<br />

nada teriam contribuído, também, para a “formação do patronato<br />

político brasileiro”(!)<br />

“Negro Nordestino” e “Negro Mineiro”<br />

Administrar um escravo trabalhando num engenho ou<br />

numa fazenda de roças exigia que o senhor apenas desse ao<br />

negro os famigerados “três pês”, ou sejam, “pão, pau e pano”,<br />

pois o trabalho era mecânico: cortar cana, plantar, carpir,<br />

manter as fornalhas, limpar panelas, formas e utensílios etc.<br />

Administrar o escravo trabalhando nas lavras era bem<br />

diferente: o trabalho era até mais nocivo à saúde e muito mais<br />

penoso. Porém, somente com os “três pês” não funcionaria<br />

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