QUILOMBO DO CAMPO GRANDE - Quilombo Minas Gerais

QUILOMBO DO CAMPO GRANDE
HISTÓRIA DE MINAS QUE SE DEVOLVE AO POVO
O possibilidade de o quilombo de Alpinópolis ser o “quilombo
velho” a que se referiu o pe. João Correia de Melo, capelão
da expedição de Bartolomeu Bueno 1466 , é uma hipótese
a ser considerada. Porém, esse quilombo, apesar de constar do
roteiro do Sapucaí, pode não ter sido atacado em 1759, mas
ser um daqueles atacados em 1746 e, estando a renascer, pode
ter sido atacado juntamente com as “relíquias” do Ambrósio,
somente por Diogo Bueno que, de Lavras, ali chegou de canoas
em dezembro de 1758 ou janeiro de 1759.
Os Fatos
Citando os documentos já mencionados e ainda o cód.
76, fls. 85v a 87v; cód. 50, fl. 43; e cód. 45, fl. 78v do APM, o
prof. Waldemar de Almeida Barbosa, apesar de ter militado
pela infundada tese do Ambrósio único em Ibiá, ofereceu uma
narrativa, cuja reprodução colamos em sua homenagem.
“Como as tropas foram recrutadas nos pontos mais
diversos, fixou o governador um ponto e a data do encontro:
no dia 9 de julho, deveriam todos os capitães designados estar
com sua gente reunidos no Sítio dos Curtumes, adiante da
Ponte Alta. Instruções minuciosas foram traçadas pelo capitão-general.
A tropa deveria ser dividida em companhias de
30 homens, cada uma sob o comando de um capitão. Destes
deveria o comandante tomar o juramento de bem e fielmente
servirem nesta expedição a el-rei e a Pátria. Formadas as
tropas e as bagagens, deveria o comandante ler o bando especialmente
escrito para o momento, cuja observância muito
recomendava Gomes Freire. 'Se se defenderem, não perdoará
algum, porém advirto que, rendidos, não consentirá vm.cê. os
matem'. Nesta carta dirigida ao comandante, com data de 1º.
de junho de 1746, não é mencionado o Quilombo do Ambró-
1466 Archidiocese de Mariana – Subsídios para sua História, v. I, cônego Raimundo Trindade, 1928, p. 111-
112.
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