13.04.2013 Views

QUILOMBO DO CAMPO GRANDE - Quilombo Minas Gerais

QUILOMBO DO CAMPO GRANDE - Quilombo Minas Gerais

QUILOMBO DO CAMPO GRANDE - Quilombo Minas Gerais

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

<strong>QUILOMBO</strong> <strong>DO</strong> <strong>CAMPO</strong> <strong>GRANDE</strong><br />

HISTÓRIA DE MINAS QUE SE DEVOLVE AO POVO<br />

Abreu Vieira notícias de Tiradentes, para orientar-se a respeito<br />

do que estava ocorrendo e certo de que o Alferes era o<br />

verdadeiro líder do movimento. Defendeu com armas na mão<br />

o amo, quando quiseram prender esse, e, como conseqüência<br />

de haver resistido, incluíram-no na denúncia e ouviram quatro<br />

vezes na Devassa” 228 . Foi absolvido em 19 de abril de<br />

1792, pelo fato de não ser gente, ou seja, de ser apenas um escravo,<br />

presumivelmente, cumprindo ordens de seu dono.<br />

2 - Manoel da Costa Capanema. “Era mulato e sapateiro<br />

e foi envolvido na sublevação porque, após a prisão dos<br />

conjurados de Vila Rica, teria dito: 'os branquinhos do Reino<br />

vêm cá tomar conta deste; mas que cedo os haveremos de deitar<br />

fora'. Prenderam-no em São João Del Rei. E encaminhouo<br />

ao Rio de Janeiro a escolta do tenente Simão da Silva Pereira.<br />

A primeira sentença da Alçada o absolveu logo”. Ficou<br />

provado que apenas houvera se desabafado ao ver tantos conterrâneos<br />

serem presos e levados para o Rio de Janeiro 229 .<br />

3 - Escravo Nicolau. “Pertencia (...) ao conjurado<br />

Domingos de Abreu Vieira, a quem acompanhou dedicadamente,<br />

nas prisões de Vila Rica e do Rio de Janeiro e no degredo<br />

de Angola”. Por iniciativa própria, conseguiu junto às<br />

autoridades que fosse recolhido à prisão junto com seu amo<br />

doente. “Para que pudesse viajar com Domingos de Abreu<br />

Vieira para Angola, foi arrematado em leilão por um amigo<br />

do conjurado e, em seguida, libertado” 230 .<br />

4 - Capitania. “Era o apelido pelo qual conheciam o<br />

negro escravo que, na qualidade de carrasco, executou contra<br />

Tiradentes a pena de morte. Poucas informações se guardam<br />

a respeito dele. Sabe-se apenas que procedia do Espírito<br />

Santo e que fora beneficiado com indulto, depois de condenado<br />

à pena última”. Teria ficado constrangido quando no interior<br />

do oratório recebera o beijo de Tiradentes e o perdão por<br />

228 Tiradentes, p. 63 e 64.<br />

229 Tiradentes, p. 111. Ver autos da Devassa, v. 7, p. 237-238.<br />

230 Tiradentes, p. 115.<br />

85

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!