QUILOMBO DO CAMPO GRANDE - Quilombo Minas Gerais

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QUILOMBO DO CAMPO GRANDE
HISTÓRIA DE MINAS QUE SE DEVOLVE AO POVO
O Mapa da Conquista-1784, também de Pamplona, registra
mais um “Quilombo destruído pelos Buenos”, n o . 39,
localizado nas nascentes do rio dos Dourados, afluente esquerdo
do Pernaíba, a noroeste do local supracitado, entre os
municípios de Monte Carmelo, Patrocínio, Guimarânea, Cruzeiro
da Fortaleza e Serra do Salitre, destacando-se o círculo
vulcânico cujo lado sul é chamado de serra Negra e seus semelhantes
chamados serra do Morro Agudo e serra do Marimbondo,
variação de maribondo ou alimbondo, do quimbundo,
língua banto 1886 .
Aí, sem dúvida se localizava o Quilombo da Pernaíba,
apontado de forma nebulosa no mapa do capitão Antônio
Francisco França.
As posses civil e eclesiástica de 1759 atribuem a esse
quilombo o nome de Pernaíba, idêntico ao nome dado pelo
mapa do capitão França.
A alteração ou supressão do nome “Pernaíba” na ação do
neto de Bartolomeu em 1800 pode se explicar pelo fato de que
o mapa “das divisas” de José Joaquim da Rocha, 1780, aponta
que essa região estava dentro do Triângulo Goiano, ou seja,
dentro da Capitania de Goiás.
O mapa do capitão França aponta que esse quilombo tinha
70 casas. Considerando-se seis habitantes por casa, haveria
uma população de 420 pessoas. Correspondência de Bartolomeu
Bueno, no entanto, acusou ter encontrado nesse quilombo
“uma monstruosidade de negros”.
Este mesmo quilombo ou outro com o mesmo nome, atacado
em 1766 por Manoel Alves Moreira, tinha 76 ranchos
1887 .
Entre os quilombos atacados por Bartolomeu Bueno, este
é o que ficava mais próximo da hoje Indianópolis, território
onde ficava a Aldeia do Rio das Velhas.
1886 Falares Africanos na Bahia, p. 277.
1887 Negros e Quilombos em Minas Gerais, p. 67-68, citando Cód. 159, fls. 83v-85, APM.